quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Não vejo a hora de chegar o revival dos anos 2000

Podem observar: a onda de revivals costuma se espelhar em uma década vinte anos após seu término.

No início dos anos 2000, o país viveu a febre de reviver os anos 80. Isso pra mim foi bem legal. Eu, uma criança da geração 2000, cresci escutando muita New Wave, Synthpop, Rock Nacional e baladas românticas da melhor qualidade. Via na Sessão da Tarde muitos clássicos oitentistas. Isso durou cerca de dez anos

A partir de 2010, foi a vez de recordar os anos 90. Aí, dá-lhe É O Tchan, Mamonas Assassinas, boy bands e muito pagode. Confesso que esse revival não me animou muito (risos)

E desde então estamos nessa era.

É por isso que não vejo a hora de chegar 2020 e o revival dos anos 2000, a primeira década que eu vivenciei por completo, do primeiro até o último segundo, pois nasci em 1995.

No início da década tivemos muito pop: Kelly Key, Wanessa Camargo, KLB, Rouge, Broz, Twister.

O funk explodia com o Bonde do Tigrão. Embora hoje eu deteste, na época curti muito.

No final da década, ainda tivemos o Latino apresentando o reggaeton aos brasileiros, com muitas músicas nessa pegada.

Vieram ritmos universitários, como o pagode de Sorriso Maroto e o sertanejo de Fernando e Sorocaba.

Mas o que eu acho mais legal dos anos 2000 é o forró.

Bandas que já vinham desde a década anterior, como Mastruz com Leite e Magníficos, juntaram-se aos novos talentos, como Bonde do Forró, Cavaleiros do Forró e Saia Rodada.

Talvez o maior sucesso do estilo, embora se defina como brega-pop, seja a Banda Calypso, da super simpática e linda Joelma Mendes.

O forró dessa época era bem mais romântico, mas também tinha músicas animadas, mas sem apelar pra baixaria e pra degradação feminina que os grupos de hoje fazem.

No cenário internacional, os ritmos de maior sucesso, sem dúvida, foram o Pop adolescente, que revelou Katy Perry, Lady Gaga e Justin Bieber, e o R&B contemporâneo, que tinha tanto nomes femininos como Beyoncé, quanto masculinos como Usher.

Infelizmente, nessa década o R&B entrou numa onda de se misturar com o gangsta rap/hip hop, e eu acho isso negativo, pois tinha muita música de apologia ao crime. Mas o r&b mais voltado para o pop, eu achava legal.

A axé-music não fez tanto sucesso quanto nos anos 90, mas em compensação, a qualidade evoluiu muito. Ivete Sangalo e Babado Novo (que revelou a bela Cláudia Leitte) tornaram o axé mais pop, e alçaram vôo internacional. Também se destacaram Asa de águia e Chiclete com Banana, duas bandas bem legais.

O rock se dividiu em várias vertentes. Emplacaram comercialmente: o pós-grunge, o pop punk, o nu metal (na primeira metade da década) e o emocore e o happy rock (na segunda metade). Eu escuto todos esses estilos.

Em 2008, foram comemorados os 50 anos da Bossa Nova, e aí foram feitas várias homenagens ao genero. O movimento mais sofisticado da música brasileira gerou até um especial com o Rei Roberto Carlos e Caetano Veloso, que virou DVD.

Enfim, eu poderia ficar muito tempo falando sobre tudo que rolou nos anos 2000.

Minha infância e parte da adolescência estão resumidas em muita coisa desses áureos tempos.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Pega Pega: a única novela conservadora atualmente na Rede Globo

Pega Pega é a minha novela preferida das que estão no ar, em qualquer emissora, inclusive as reprises. E eu já sinto muita raiva de prever que ela estará de fora das maiores premiações sobre tv no ano que virá, pois a crítica é preconceituosa e só privilegia obras "consagradas", mesmo que não tenham qualidade alguma. Falarei sobre isso ainda nesse texto.

Mas o motivo de eu estar escrevendo isso, é devido ao enredo da novela e compará-la com os enredos das demais que estão passando na Globo no presente momento.

O Outro Lado do Paraíso, a novela das 21 horas, conta uma história de vingança. Além disso, é recheada de traições, apologia ao ódio e à cobiça por coisas materiais.

Malhação, o "seriado-novela" da tarde, nunca esteve tão esquerdista como agora. É certo que sempre houve discussões sobre temas polêmicos, mas incentivar o ódio à polícia, desrespeito para com os mais velhos, adultério, consumo de drogas e álcool por adolescentes etc.

Até a novela das seis, que deveria ser mais ingenua devido ao horário, tem bastante maldade e inveja.

Isso significa que eu não goste dessas novelas? De forma alguma. Assisto todas e as adoro. Mas fico triste com a mensagem que cada uma delas transmite.

Como passatempo, vejo todas as novelas atuais, até mesmo para poder comentá-las aqui no blog.

Mas a única que vejo com prazer, por ter uma trama divertida, rápida e ainda conter belas lições de moral, é Pega Pega, a novela das sete.

A novela não tem enrolação. Pode-se notar isso em capítulos como o da perseguição de Agnaldo, ou mesmo no capítulo de hoje, em que Malagueta foi preso, mas foge do hotel pulando na piscina pela janela, entrando em um bueiro e indo parar na rua, até ser encurralado e levado para a prisão.

Além disso, a declaração de amor feita a ela por Maria Pia foi emocionante. Aliás, quero destacar o brilhantismo de Mariana Santos, em sua primeira novela, além de ser uma bela mulher ela é ótima atriz, e encara com naturalidade tanto as cenas cômicas quanto os momentos dramáticos. Vê-la chorando foi de partir o coração, e ela soube conduzir isso divinamente.

Mas vamos ao que interessa, o fio condutor que me fez escrever esse texto: a sinopse. A novela fala do roubo milionário de um hotel, e as consequencias disso na vida de cada ladrão.

Já disse aqui no blog que amo Claudia Souto, a autora dessa magnífica obra, mesmo ela sendo estreante. Seu texto é inteligente, sofisticado e popular ao mesmo tempo. Mesmo sendo um texto cômico, não cai no humor popularesco.

E Pega Pega fala sobre ética, honestidade, arrependimento. Julio, um dos ladrões, em dado momento confessa seu crime e se entrega.

Também já vi o preconceito ser discutido várias vezes, como no dia em que Dom foi preso por policiais que suspeitavam que ele teria roubado seu próprio carro, simplesmente por ser negro. Ou no dia em que os transformistas da boate, amigos de Luiza, colocaram uma senhora em seu devido lugar, por ela ter criticado a amizade deles com o filho de Douglas.

Por isso, eu acho Pega Pega uma das melhores novelas das sete, e de qualquer horário mesmo (já que as das sete são as minhas preferidas).

Infelizmente, falta menos de um mês para seu encerramento. Agora é pegar a pipoca e curtir as emoções finais.