sábado, 16 de abril de 2022

A música sertaneja é de uma mediocridade galopante e faz jus a burrice de seu público

Sinceramente, eu até já gostei de música sertaneja um dia. Foi apenas na infancia, quando as informações eram escassas e eu não tinha conhecimento do que era bom.

Mas logo que passei a ouvir emissoras de rádio e tv dedicadas a cultura alternativa, e tive acesso a Internet, que eu me libertei dessa mazela.

Os cantores sertanejos, se é que podemos denominá-los assim, parecem estar sendo empalados e com uma tremenda prisão de ventre ao mesmo tempo.

As letras, então, não tem conteúdo nenhum. É só traição, bebedeira e sexo explícito. E ainda se dizem católicos fervorosos e conservadores. Querem criticar o funk carioca, que pelo menos tem a saudável malícia urbana e carioca, mas não tem moral para isso.

Podem reparar que todo evento que tem político de direita, esses idiotas estão envolvidos. Apoiaram a ditadura, apoiaram Collor, apoiaram Aécio, Temer e agora estão abraçados a Bolsonaro. O nível intelectual dos artistas e do público tem que estar associado ao conservadorismo.

Voces podem ver que minhas músicas, como compositor, a maioria são sertanejas. Esta é a maior decepção da minha vida. Detesto isso, mas é meu ganha-pão. Em outras palavras: eu sou o traficante, não o viciado.

Mas se o povo gosta, temos que dar milho aos pombos.

Todos os outros generos musicais (exceto o gospel, tão lixo quanto) são progressistas e modernos. O pop, o rock, o axé, o samba, o rap, a música eletronica. Menos o sertanejo. E isso já nos foi alertado por Lulu Santos, no Domingão do Faustão, em 1992.

É uma pena que o povo brasileiro goste tanto desse lixo musical.

Deixa eu ficar com minhas músicas de qualidade enquanto o país se afoga na areia movediça.

Um outro detalhe que eu gostaria de ressaltar também é que, por mais que eu seja apaixonado por teledramaturgia, abomino novelas rurais. Benedito Ruy Barbosa é especialista nessas tranqueiras, como Pantanal, Renascer e O Rei do Gado.

Eu é que não troco o Leblon romantizado de Maneco, as culturas exóticas de Glorinha e os suspenses psicológicos de Giba e Silvio de Abreu por essas novelecas de capiau.

E uma outra coisa que me dá nos nervos é que tem gente que diz odiar sertanejo, mas faz questão de frisar que respeita o sertanejo raiz. Ora, que diferença faz? É tudo a mesma porcaria.

Entre Guns N Roses, É O Tchan, Gaiola das Popozudas e Tonico e Tinoco, fico com os tres primeiros.

Viva a boa música, independente do genero. Desde que não seja sertanejo.