segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

O melhor e o pior da tv brasileira em 2022

Mais um ano acabando e eu decidi fazer o meu balanço de tudo que acompanhei na tv neste ano. Resolvi listar os programas que mais me proporcionaram prazer de ficar preso ao sofá e aqueles tão insuportáveis que eu nem aguentei assistir até o final.

As novelas tiveram seus altos e baixos, o que acho natural, pois isso sempre ocorreu. Novelas boas e ruins existem em qualquer época. Mas continua me incomodando o fato de o SBT querer investir apenas em produções infantis e a Record somente em tramas bíblicas. Apenas a Globo e a Band fogem aos padrões. Mas esta última, apesar de apostar na ótima Valor da Vida, deixou de produzir material inédito há muitos anos. Trata-se de uma produção portuguesa, como já fez com as turcas. Mas, vendo por este lado, o SBT também exibe ótimas novelas, mas apenas as importadas do México. Cuidado com o Anjo, com a belíssima atriz e cantora Maite Perroni, foi o grande destaque.

Mas, obviamente, a Globo reina soberana quando o assunto é teledramaturgia. Pantanal foi a melhor do ano, mas não dá para deixar de falar sobre Mar do Sertão, ainda inacabada. Somente o horário das 19 horas é que é muito difícil de assistir, por suas tramas tolas e confusas. Como todos os anos, é muito raro alguma novela das sete ser boa. E neste não houve nenhuma.

O pior programa da tv brasileira segue sendo o mesmo de 20 anos atrás: Big Brother Brasil. Na época, a concorrencia com João Kléber e seu Teste de Fidelidade era uma calamidade pública. Ter os dois programas simultaneamente na tv aberta me envergonhava de ser brasileiro. Mas, felizmente, este canastrão foi expurgado das nossas casas, restando apenas o supra-sumo da vulgaridade agora sob o comando de um jornalista talentoso, Tadeu Schmidt.

O que fez ele deixando o ótimo Fantástico para cair nessa roubada, ninguém sabe explicar. Talvez, a força da grana que ergue e destrói coisas belas, não é, Caetano?

Aliás, o Fantástico e o Domingo Espetacular são ótimas revistas eletronicas para quem quer rir e ficar informado na medida certa. E assim como o dominical da Globo, em certa época, "acaba" com a alegria da gente entregando para o pior reality, o da Record faz o mesmo com o terceiro pior reality, A Fazenda.

Digo o terceiro pior pois o segundo posto fica com De Férias com o Ex, na MTV. Aquilo só não é mais ridículo por falta de tempo, pois dura muito pouco.

Jornais, eu não acho nenhum ruim. Sejam os sofisticados Jornal Nacional (o melhor de todos os tempos), Jornal Hoje, Jornal da Globo, Jornal da Band e Jornal do SBT, sejam os populares mas necessários Cidade Alerta e Brasil Urgente. Não faço parte da turma que rejeita o jornalismo investigativo. Eles fazem parte do jogo, é apenas uma forma de fazer jornalismo para as classes menos favorecidas, mas não caem mais na vulgaridade. Na década de 90, eles abusavam, mostrando cenas fortes. Agora, estão apenas noticiando casos polemicos.
Aliás, não dá para esquecer do Programa do Ratinho, que tem seus dias maçantes, com atrações meia-boca, mas quando quer, consegue ser divertido.

Silvio Santos é um mito, como sempre. Mas está insuportável assistir seu programa apresentado por sua filha, Patrícia Abravanel. Tudo indica que o dono do baú está prestes a se aposentar e logo não fará mais sentido manter seu nome na atração.

A programação de domingo segue sendo minha favorita e o grande trunfo das emissoras. Hoje em dia, com os serviços de streaming, é apenas no primeiro dia da semana que todos param para ver tv, seja no churrasco em família, seja visitando parentes.

A disputa de domingo entre Globo e SBT era maravilhosa nos anos 90 até meados dos anos 2000. Hoje, vivemos de passado, mas algumas "reedições" são feitas. A noite, não há Gugu ou Faustão, mas há a deliciosa disputa entre o Domingão com Huck e a Hora do Faro. Eu sou totalmente Luciano Huck, pois Faro aposta num público jovem e não quer sair dessa fórmula desgastada. Huck conseguiu se livrar da mazela de apresentar um programa pavoroso na Band, o H, onde só havia lixos musicais e mulheres nuas, para se dedicar as donas de casa quarentonas. Faro até tem um público de meia-idade, o que não compreendo, pois seu programa sempre foi uma aberração da natureza.

Também tenho gostado de ver a boa música no programa Caldeirão com Mion. Músicas do passado estão sendo revisitadas no Sobe o Som. Mion tem carisma, embora não abra mão de um humor que parou no tempo e tenta ser jovem. Se o humor jovem de hoje já é um lixo (e aqui é bom falar do The Noite com Danilo Gentilli, o pior talk-show), imagina o da juventude dos anos 90.

O Pipoca da Ivete também foi o melhor programa que a Globo poderia ter lançado nas tardes de domingo. Clima descontraído, bom humor (mas sem piadas ofensivas ou defasadas), quadros chamativos e a beleza estonteante da axezeira. E para suprir a falta que faz, a Globo já lançou mão de um ótimo humorístico, o Família Paraíso, que lembra muito os programs de humor de antigamente, onde os humoristas não passavam por cima do respeito, da ética e da integridade. Já o mediano Vai que Cola é tipo um Sai de Baixo: não é lá essas coisas, mas já entra no clima de desligar a tv, dormir e se preparar para mais uma semana que se inicia. Ou seja, um mero tapa-buraco.

Mas o MELHOR programa de todos que estão no ar, e este texto foi uma mera desculpa para falar dele, é o Faustão na Band. Impressionante como deixo de assistir o Jornal Nacional e o início de Travessia para me deliciar com o carisma e as ótimas atrações do programa diário. Quase todos os dias, há música da melhor qualidade, exceto nas quartas-feiras, onde há a presença de especialistas em medicina avançada e o emocionante Arquivo Pessoal.

Faustão é o melhor apresentador da televisão, e se não pude ver a revolução causada por ele nos anos 80, no Perdidos na Noite, desde que nasci sempre o acompanhei no Domingão do Faustão. Pena que ele teve que apelar para se rebaixar ao nível da concorrencia, mas isso foi apena DUAS vezes. Dois episódios lamentáveis, o Latininho e o sushi erótico. Fora isso, entretenimento de qualidade, onde o destaque, na Globo, era o Ding Dong, e atualmente é o Na Pista do Sucesso, as quintas-feiras. Artistas de todos os generos musicais, sem o menor preconceito. Mas o rock acional sempre foi grande destaque.

Enfi, esta é minha análise pessoal da tv este ano. Espero que gostem e deem sua opinião.

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Anitta colocou o Brasil no mapa mundial com sua música e agora faz o mesmo com seu ativismo

Sempre gostei da cantora Anitta, desde que ouvi pela primeira vez o hit Show das Poderosas, há quase dez anos.

Desde então, eu sempre vi a jovem carioca de Honório Gurgel ser massacrada, não tanto pela crítica, que sabe reconhecer um bom produto, mas pelo público ultra-reacionário que ajudou a eleger Jair Bolsonaro.

Anitta é muito mais criticada pelas mulheres que pelos homens, o que mostra como as mulheres brasileiras são machistas. Eu já prefiro classificar como recalque mesmo, pois quem não queria ser linda, maravilhosa e sensual aos olhos de todos os homens, com uma carinha de sapeca e uma bunda de dar água na boca?

Embora Anitta tenha um forte público LGBT, eu não tenho vergonha nenhuma de dizer que sou hétero e VENERO essa mulher.

Além do fato dela estar colocando o Brasil no mapa mundial com sua música de excelente qualidade, comparável a Elis Regina e Gal Costa, e com seu rebolado que provoca ira em pleno século 21, agora a cantora volta a tona com um discurso pró-Lula e anti-Bolsonaro. O que me faz admirá-la ainda mais.

Sempre tivemos mulheres independentes, desde Leila Diniz até a graciosa gauchinha Luiza Sonza, aliás outro colírio visual e musical que estamos ouvindo nessa era de raras músicas boas.

Quem não se lembra de Gretchen e Rita Cadillac nos anos 70, Carla Perez e outras dançarinas de pagode nos anos 90, e Mulher Melancia e Mulher Melão nos anos 2000?

A diferença é que elas, com exceção de Gretchen, não se posicionavam politicamente. Elas não faziam ideia da arma que elas tinham nas mãos e na revolução que estavam fazendo nos ambitos sócio, cultural e economico.

Mas Anitta é a mais bela de todas essas musas e artistas, e também a mais engajada.

Recentemente, a cantora foi criticada por pedir a Lula que, se caso fosse eleito presidente, liberasse a venda e consumo de maconha. Mais uma vez as ideias reacionárias tomando conta do povo. Eu concordo plenamente que TODAS as drogas devem ser legalizadas. Primeiro, porque o Estado não deve se intrometer na vida de ninguém. E segundo porque como a própria cantora afirmou, isso é uma questão de segurança, assim como o aborto é uma questão de saúde pública.

Anitta está trazendo de volta a leveza da música brasileira de 1958, 1959, quando a Bossa Nova tirou das paradas o romantismo cafona e datado do samba-canção. Assim como hoje, ninguém aguenta mais essa dor de cotovelo que o sertanejo fez reinar no Brasil e que, após a febre do início dos anos 90, foi substituído por músicas legais como Daniela Mercury, É O Tchan e Mamonas Assassinas.

Espero profundamente que Lula seja eleito presidente do Brasil. O bolsonarismo já causou muitos estragos, inclusive com seus "artistas" apoiadores, que ferem nossos ouvidos por não contarem com uma voz doce e suave como a da gatíssima intérprete de Vai, Malandra.

terça-feira, 5 de julho de 2022

As melhores novelas da história da televisão brasileira

Resolvi deixar registrado aqui, aquelas novelas que, na minha opinião, foram as melhores já exibidas no Brasil. Tentei ser imparcial na escolha dos títulos, embora, logicamente, meu gosto pessoal também influiu um pouco. Mas levei em conta a qualidade das obras e o impacto causado por elas na sociedade. E é óbvio que muita coisa, MUITA coisa mesmo, ficou de fora. Talvez eu faça uma segunda, terceira e até quarta parte com as que ficaram faltando.

A novela mais importante de todos os tempos é Tieta, de 1989, do autor Aguinaldo Silva. Embora ela tenha perdido um pouco de credibilidade por conta dos jovens, que preferiam Top Model, ela foi muito mais marcante com uma história adaptada do escritor Jorge Amado. Grandes atores mostravam seu brilho, sobretudo Reginaldo Faria e Joanna Fomm, esta última como a grande vilã Perpétua. Que pode até não ter sido a maior vilã de todos os tempos - posto que fica com Odete Roittman, de Vale Tudo - mas foi a melhor atuação da história da tv brasileira.

Também sou apaixonado por novelas de temática rural. Seja as sertanejas de Benedito Ruy Barbosa, como Pantanal, Renascer e O Rei do Gado, seja as nordestinas de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, como Pedra Sobre Pedra, com atuação brilhante de Fábio Júnior como Jorge Tadeu, seja Fera Ferida e principalmente A Indomada, novela que marcou minha infancia e foi o maior sucesso televisivo de 1997, um ano difícil para a teledramaturgia, que perdia tanto em audiencia como em qualidade. Mas as peripécias de Maria Altiva, vivida pela maravilhosa Eva Wilma, traziam frescor e alívio para os ávidos por boas histórias. Como não lembrar de Emanoel, vivido por Selton Mello, criando asas e voando pelos céus de Greenville?

A melhor novela das sete que eu já vi foi A Viagem, de 1994. Ela veio depois de alguns fracassos, e para mim foi uma das poucas boas tramas no horário. Justamente por ter uma pegada mais séria, não era uma comédia pastelão sem graça como a maioria das novelas das sete. E para mim, também, foi a única boa da década de 90.

O horário das seis, por outro lado, é meu favorito. Seja com as comédias de Walcyr Carrasco como O Cravo e a Rosa e Chocolate com Pimenta (não esquecendo da séria Alma Gemea, de temática espírita), seja com Benedito novamente trazendo um poquinho do interior para nossos lares. Amo demais Cabocla, que foi a estreia de Vanessa Giácomo na tv e eu já me apaixonei por ela logo de cara, Sinhá Moça e Paraíso, está última em sua segunda versão, de 2009, onde o cantor Daniel se mostrou um grande ator.

Glória Perez, Silvio de Abreu e Gilberto Braga não poderiam ficar de fora. Dela, eu amo O Clone, Caminho das Índias e A Força do Querer, com suas culturas exóticas e exuberantes. Dosdois últimos, amo as tramas policiais, como A Próxima Vítima e Paraíso Tropical.

Estas são algumas tramas que considero as melhores já exibidas em nosso país. E isso é apenas um resumo bem detalhado. Muitas outras ainda não foram citadas, e em breve, eu postarei novos textos falando delas.

Espero que tenham gostado.

sábado, 18 de junho de 2022

A verdade sobre Collor que todos tentam esconder

Já começo este texto com a frase que é minha intenção de permeá-lo por inteiro: Fernando Collor de Mello foi o melhor presidente da História do Brasil. E aqui, irei provar isto por a mais b.

Este carioca radicado em Alagoas acabou com uma inflação galopante que assolava o Brasil desde o medíocre governo de Juscelino Kubitscheck. Aliás, se este canalha jogou muito dinheiro fora em obras faraonicas, Collor fez o oposto: reduziu gastos do governo com coisas inúteis.

Além disso, ele acabou com a mamata de funcionários públicos vagabundos que dependiam do Estado e não faziam nada pela Nação. Verdadeiros sangue-sugas que hoje lamentam nas redes sociais que seus parentes se mataram.

Se a inflação em janiro de 1990 chegava a 80% ao mes, em maio do mesmo ano, já com Collor na presidencia, ela já havia chegado a 10% ao mes.

E ainda os professores e livros de história tentam nos enganar, dizendo que foi FHC o responsável por tal proeza. Sendo que este mentecapto nem gostar de pobre gosta.

Tentam argumentar que o Plano Collor surtiu efeito apenas temporariamente, e que após algum tempo a taxa inflacionária voltaria a subir. Ora, mas com FHC, ela caiu para 1% e subiu para 12% ao final de seu mandato. Com Lula, que aliás foi melhor que FH, ela baixou para 5% e ao final do mandato subiu para 10%.

Collor ainda iniciou a abertura de mercado, permitindo que o Brasil importasse produtos estrangeiros da melhor qualidade. Antes dele, os automóveis pareciam de papelão, e assim que ele entrou, todos passaram a consumir carros de marca, geladeiras, tv a cabo e outras mordomias.

"Ah, Bruno, como voce gosta do Collor e fala mal do Ronald Reagan?". Convenhamos que eles eram muito diferentes. Reagan taxou impostos sobre grandes fortunas, ao passo que Collor fez o caminho inverso. Todos sabem que Collor mexeu com os poderosos, aumentando impostos para ricos.

Talvez seja por essas brilhantes medidas que as elites se voltaram contra o presidente, inclusive a corrupta e tendenciosa revista Veja passou a investigar o escandalo PC Farias, que foi denunciado por Pedro Collor, irmão do mandatário.

Collor também inciou o processo de privatização de setores ineficientes da economia, permitindo que hoje, por exemplo, eu esteja escrevendo este texto no conforto da minha casa, no meu computador.

Além de ser um presidente liberal, onde o Estado não se intrometia na vida privada de cada cidadão.

Collor ficou inelegível por oito anos, de 1992 a 2000, após sofrer impeachment. Hoje, é senador por Alagoas, fazendo mais pelo Brasil inteiro do que todos os senadores juntos.

Embora Collor tivesse um discurso religioso, a diferença entre ele e Bolsonaro é simples de ponderar: ele não fazia com que todos compartilhassem de sua fé. Diferente do atual governante, que tenta eliminar direitos constitucionais para quem não acredita em Deus.

O Governo Collor foi, em parte, muito parecido com os de Lula, Dilma e Temer. Um governo progressista, onde havia modernização economica e liberdade de expressão para todos. E muito superior aos de FHC e Bolsonaro, aquele elitista, este retrógrado.

Se Collor fosse candidato, eu votaria nele sem o menor medo de errar. O cara é um herói. UM HERÓI.

sábado, 11 de junho de 2022

O preconceito sofrido pelo genero telenovela

Na boa, sempre gostei de novelas, desde criança. E vejo que há um enorme preconceito que marginaliza e ridiculariza quem gosta deste genero televisivo.

Tentam argumentar que novelas são alienantes. Ora, mas o futebol também o é, e não vejo ninguém falar mal de futebol. Aliás, muito pelo contrário. Quem NÃO gosta de futebol é que é taxado como alienado.

Através das novelas, podemos aprender muita coisa, até mesmo História do Brasil. Enquanto existem livros que são muito mal-escritos.

Novela mexicana também é uma delícia de acompanhar na tv.

Entretanto, como bom nacionalista, não troco minhas novelas brasileiras por nada neste mundo.

Sem contar que todo homem ama ver novelas para ver mulheres lindas e sensuais.

O fato é que novela é cultura de alto nível, é exuberante, é o Brasil na sua melhor forma.

Amo ver o Rio de Janeiro sob a ótica de Glória Perez e seus subúrbios, ou as elites decadentes de Gilberto Braga, ou a São Paulo quatrocentona e cheia de mistérios de Silvio de Abreu.

Confesso não ser muito chegado nas pseudo-gracinhas de Walcyr Carrasco, embora ame quando ele mostra seriedade no horário nobre.

Estou amando Pão Pão Beijo Beijo. Uma novela bem antiga, de 1983. Com a maravilhosa Elizabeth Savalla exalando charme, beleza e elegancia. Além da trilha sonora e dos cenários bem nostálgicos, ainda tem uma história fantástica, embora simples. Afinal, era uma trama das seis.

E diga-se de passagem, as novelas das seis são as melhores que existem. Amo Além da Ilusão com todas as minhas forças.

As das onze, carregadas de erotismo, e as das oito, com seus dramas da vida real, me fascinam.

Assim como algumas das sete, com seu humor característico das pornochanchadas cariocas da década de 70.

Deixem de serem preconceituosos e vão assistir uma boa novela. Em todos os generos televisivos existe coisa boa. E novela é o que há de melhor na televisão brasileira.

sábado, 16 de abril de 2022

A música sertaneja é de uma mediocridade galopante e faz jus a burrice de seu público

Sinceramente, eu até já gostei de música sertaneja um dia. Foi apenas na infancia, quando as informações eram escassas e eu não tinha conhecimento do que era bom.

Mas logo que passei a ouvir emissoras de rádio e tv dedicadas a cultura alternativa, e tive acesso a Internet, que eu me libertei dessa mazela.

Os cantores sertanejos, se é que podemos denominá-los assim, parecem estar sendo empalados e com uma tremenda prisão de ventre ao mesmo tempo.

As letras, então, não tem conteúdo nenhum. É só traição, bebedeira e sexo explícito. E ainda se dizem católicos fervorosos e conservadores. Querem criticar o funk carioca, que pelo menos tem a saudável malícia urbana e carioca, mas não tem moral para isso.

Podem reparar que todo evento que tem político de direita, esses idiotas estão envolvidos. Apoiaram a ditadura, apoiaram Collor, apoiaram Aécio, Temer e agora estão abraçados a Bolsonaro. O nível intelectual dos artistas e do público tem que estar associado ao conservadorismo.

Voces podem ver que minhas músicas, como compositor, a maioria são sertanejas. Esta é a maior decepção da minha vida. Detesto isso, mas é meu ganha-pão. Em outras palavras: eu sou o traficante, não o viciado.

Mas se o povo gosta, temos que dar milho aos pombos.

Todos os outros generos musicais (exceto o gospel, tão lixo quanto) são progressistas e modernos. O pop, o rock, o axé, o samba, o rap, a música eletronica. Menos o sertanejo. E isso já nos foi alertado por Lulu Santos, no Domingão do Faustão, em 1992.

É uma pena que o povo brasileiro goste tanto desse lixo musical.

Deixa eu ficar com minhas músicas de qualidade enquanto o país se afoga na areia movediça.

Um outro detalhe que eu gostaria de ressaltar também é que, por mais que eu seja apaixonado por teledramaturgia, abomino novelas rurais. Benedito Ruy Barbosa é especialista nessas tranqueiras, como Pantanal, Renascer e O Rei do Gado.

Eu é que não troco o Leblon romantizado de Maneco, as culturas exóticas de Glorinha e os suspenses psicológicos de Giba e Silvio de Abreu por essas novelecas de capiau.

E uma outra coisa que me dá nos nervos é que tem gente que diz odiar sertanejo, mas faz questão de frisar que respeita o sertanejo raiz. Ora, que diferença faz? É tudo a mesma porcaria.

Entre Guns N Roses, É O Tchan, Gaiola das Popozudas e Tonico e Tinoco, fico com os tres primeiros.

Viva a boa música, independente do genero. Desde que não seja sertanejo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Por que todo roqueiro se acha superior mesmo ouvindo o lixo que ouvem?

É impressionante. Todo roqueiro que eu conheço gosta de bater no peito com orgulho o quanto são inteligentes e superiores a quem gosta de QUALQUER outro estilo.

Desde quando ouvir um barulho de tres acordes pode ser chamado de inteligencia?

Em primeiro lugar, música não define sabedoria. Eu escuto Beethoven e nem por isso me acho inteligente.

Além do mais, é bem mais provável alguém que gosta de Beethoven ser mais inteligente do que quem gosta de Bon Jovi ou Axl Rose, que parecem porcos grunhindo e sendo levados ao abatedouro.

Se voce quer dar uma de intelectual, é bem melhor voce dizer que gosta de música erudita, ópera, jazz, bossa nova, mpb ou soul music.

E outra: música não é cultura, é entretenimento. Cultura voce aprende com leitura de bons livros, assistindo programas educativos no Discovery Channel ou debatendo com pessoas mais velhas.

Aliás, roqueiro DETESTA conversar com gente velha. Esses babacas acham que o mundo pertence aos jovens.

Pouca coisa no rock me agrada. Menos de um por cento. Quase toda a produção roqueira se baseia em duas coisas: barulho e grunhidos.

E se voce for num show de rock, voce não acha UMA mulher. Aliás, tem mulher que canta rock? Só a gostosa da Pitty. O resto são um bando de machos peludos defecando pela boca.

Gostar de rock é um passo primordial para se tornar bicha.

E essa inflencia negativa está tomando conta até da música sertaneja, que eu amava. Podem ver o nivel de lixosidade de Luan Santana e Henrique e Juliano? Então, eles estão muito mais para Beatles do que para Miguel Aceves Mejia, como voce via nos BONS artistas sertanejos.

Morram roqueiros malditos! E levem essa desgraça junto com voces para o quinto dos infernos!

domingo, 23 de janeiro de 2022

Deus Salve o Rei: a melhor novela das sete da década passada

2018 foi uma safra excelente de novelas. Sobretudo as globais, é óbvio, que sempre são as melhores. Hoje, quero falar sobre, na minha opinião, a melhor novela feita naquele ano.

Deus Salve o Rei, estreia de Daniel Adjafre na teledramaturgia, foi extremamente marcante para a minha geração e até para as mais novas, e provavelmente será lembrada daqui há trinta anos.

Lógico, além do fato de ser uma comédia pastelão como muitas no horário das 19 horas, ela também era uma trama medieval que lembrava Game of Thrones.

Talvez por isso, ela tenha feito tanto sucesso com o público jovem, que prefere séries do que novelas. Mas já deixo claro que esse não é o meu caso, pois detesto séries e amo novelas.

A não ser, é claro, as meninas. Pois quem gostava dessa novela eram nós, os HOMENS, que amamos ver gatas maravilhosas na tv. O sexo feminino rejeitou Deus Salve o Rei, claramente por ter inveja de deusas como Bruna Marquezine, Marina Ruy Barbosa, Marina Moschen e Mel Maia.

A história era simples, e irei apenas resumi-la. Voces podem encontrá-la detalhada na Internet.

Tratam-se de dois reinos fictícios, Montemor e Artena. Os dois reinos selam um acordo, pois em Montemor o minério é abundante, porém a água é escassa. Já Artena vive o caso oposto. Portanto, ambos os reinos oferecem um pouco do que tem de melhor ao outro.

A Rainha Crisélia, de Montemor, está a beira a morte e vive o dilema de eleger um de seus filhos como sucessor do trono. Afonso é o preferido, por ser centrado. Já Rodolfo, sempre vive as turras, aprontando confusão. No entanto, Afonso abdica do trono por se apaixonar por Amália, uma plebeia do reino de Artena.

Já em Artena, o Rei Augusto planeja casar a princesa Catarina com o Marques de Cordona, mas ela muda seus planos ao conhecer e se apaixonar pelo recém-chegado Duque de Vicenza.

O alívio comico fica por conta de Lucrécia, vivida or Tatá Werneck, que me fazia rir em praticamente todos os capítulos.

A trilha sonora, o filtro e a fotografia me deixavam extasiado ao me remeterem imediatamente para a Idade Média.

A trilha sonora também era fantástica e repleta de cantos gregorianos.

Enfim, é uma pena uma novela tão magistral não ser reprisada, por conta de uma audiencia mediana. Afinal, já haviam as redes sociais, que desviam a atenção do público para futilidades.

Ao menos, ela pode ser vista no GloboPlay, para alegria dos saudosistas.

Além do mais, era interessante uma novela das sete não focar demais no humor, por mais que ele estivesse presente. Mas o genero capa e espada se fazia bem mais presente do que o pastelão desnecessário.

No futuro, irei mostrar essa obra-prima para meus filhos e netos. Quem sabe, até lá, as novelas não sejam tão incríveis como eram.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

O batidão sertanejo foi a melhor vertente já criada no genero e influenciou muita coisa que veio depois

Para quem não sabe, a música sertaneja vive de fases. Mais que qualquer outro estilo, o sertanejo é o que mais sofre mudanças ao longo do tempo, e é por isso mesmo que o genero nunca saiu de moda.

O sertanejo, no final dos anos 80 e início dos anos 90, vivia a fase do breganejo. Já comentei sobre isso aqui no blog. As músicas eram mais melosas, e isso durou até 1995 mais ou menos.

A partir de então, o estilo predominante passou a ser o batidão. Até as duplas mais antigas passaram a cantar esse estilo mais animado.

Acredito que tenha sido por influencia do pagode baiano e do axé, que tomaram conta do país nessa época.

Podem reparar que muitas canções sertanejas desse período tinham influencia do pagode, como Convite de Casamento, Pra te Ver Rebolar, Mexe que é Bom, Da Boca pra Fora, Cumade e Cumade, Ela é Demais, Cara de Pau entre outras.

Aliás, minha intenção nesse texto é falar sobre a dupla que mais gosto em toda a históra do sertanejo, e que influencia meu trabalho totalmente: Rick e Renner.

Com canções irreverentes e recheadas de malícia, eles foram páreo duro para o Tchan, a Gang do Samba entre outros grupos do estilo. Aliás, quem não lembra do verso "Depois do mxe mexe rala o tchan e rala a tcheca?"

Enfim, eles foram os precursores do sertanejo universitário de Munhoz e Mariano, e do arrocha de Zé Ricardo e Thiago, entre outros.

Assim como eles, havia Teodoro e Sampaio e Gino e Geno, esses últimos inclusive empresariados pelo Rick.

Até Bruno e Marrone e Gian e Giovani entraram na onda do batidão, impulsionados pelo mega-sucesso da novela América, de Glória Perez, em 2005. E nem Cleiton e Camargo ficaram de fora!

Infelizmente, o batidão é considerado um genero moto no sertanejo. Ninguém mais está gravando, pois a sofrencia dominou a partir de 2015.

Espero que os novos sertanejos se espelhem nesse estilo marcante e divertid, que deixou centenas de hits que todo mundo canta, até nas excursões de onibus.