Para quem não sabe, a música sertaneja vive de fases. Mais que qualquer outro estilo, o sertanejo é o que mais sofre mudanças ao longo do tempo, e é por isso mesmo que o genero nunca saiu de moda.
O sertanejo, no final dos anos 80 e início dos anos 90, vivia a fase do breganejo. Já comentei sobre isso aqui no blog. As músicas eram mais melosas, e isso durou até 1995 mais ou menos.
A partir de então, o estilo predominante passou a ser o batidão. Até as duplas mais antigas passaram a cantar esse estilo mais animado.
Acredito que tenha sido por influencia do pagode baiano e do axé, que tomaram conta do país nessa época.
Podem reparar que muitas canções sertanejas desse período tinham influencia do pagode, como Convite de Casamento, Pra te Ver Rebolar, Mexe que é Bom, Da Boca pra Fora, Cumade e Cumade, Ela é Demais, Cara de Pau entre outras.
Aliás, minha intenção nesse texto é falar sobre a dupla que mais gosto em toda a históra do sertanejo, e que influencia meu trabalho totalmente: Rick e Renner.
Com canções irreverentes e recheadas de malícia, eles foram páreo duro para o Tchan, a Gang do Samba entre outros grupos do estilo. Aliás, quem não lembra do verso "Depois do mxe mexe rala o tchan e rala a tcheca?"
Enfim, eles foram os precursores do sertanejo universitário de Munhoz e Mariano, e do arrocha de Zé Ricardo e Thiago, entre outros.
Assim como eles, havia Teodoro e Sampaio e Gino e Geno, esses últimos inclusive empresariados pelo Rick.
Até Bruno e Marrone e Gian e Giovani entraram na onda do batidão, impulsionados pelo mega-sucesso da novela América, de Glória Perez, em 2005. E nem Cleiton e Camargo ficaram de fora!
Infelizmente, o batidão é considerado um genero moto no sertanejo. Ninguém mais está gravando, pois a sofrencia dominou a partir de 2015.
Espero que os novos sertanejos se espelhem nesse estilo marcante e divertid, que deixou centenas de hits que todo mundo canta, até nas excursões de onibus.
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