terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Hebe Camargo, a melhor apresentadora do Brasil e o modelo de televisão que necessitamos

Eu sempre fui um moço velho, como diz a canção de Silvio Cesar magistralmente interpretada por Roberto Carlos. Sou motivo de piada até de parentes mais velhos, que não entendem como gosto de coisas de quando nem eles haviam nascido.

Na minha opinião, Hebe Camargo era a melhor apresentadora do mundo, e fazia jus ao título de Rainha da Televisão Brasileira.

O que achava mais fascinante em seu programa, era o respeito a integridade humana, algo que na sua época já não havia mais.

Basta ver os programas para jovens na década de 90. Lixos como o Programa Livre, de Serginho Groisman, H, de Luciano Huck, ou toda a programação da MTV.

Mesmo programas supostamente para adultos, como o Domingo Legal e o Domingão do Faustão, na época tinham um público mais jovem, e eram apelativos até dizerem chega.

Já programas como os de Silvio Santos, Raul Gil e sobretudo Hebe, agradavam ao público mais idoso e comportado.

As atrações costumavam ser excelentes. Destaque para o especial com Pelé, em 1989, que recebeu artistas do quilate de Wando, Jair Rodrigues, Wilson Simonal e Tonico e Tinoco.

Mas o dia que mais gostei, e que também pode ser conferido no Youtube, foi o primeiro programa de 1996, onde Hebe recebeu astros e estrelas da Jovem Guarda, como Ronnie Von, Os Vips, Jerry Adriani e Sylvinha Araújo.

Claro que, de vez em quando, Hebe tinha que ceder espaço ao que os adolescentes gostavam. Porcarias como Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, pagodes e axés. Querendo ou não, era uma forma de atrair públicos diferenciados, ainda que fosse para pior.

Seu programa não tinha baixarias como videocassetadas ou gente se esfregando numa banheira a pretexto de mostrar o corpo.

Hebe respeitava seu público, que queria fugir da libertinagem imunda dos anos 90, onde não havia classificação indicativa e os canais abusavam da paciencia do telespectador.

Que ela esteja descansando em paz, onde quer que esteja. Por que, infelizmente, pude constatar que jamais teremos uma substituta a sua altura.

domingo, 28 de novembro de 2021

Quanto Mais Vida Melhor é uma deliciosa novela e tudo que o brasileiro estava precisando

Finalmente, estamos vendo novas novelas em exibição na tv aberta. Além de Nos Tempos do Imperador, novela que considero a melhor da história, estrearam mais duas inéditas: Um Lugar ao Sol, as nove da noite, que ganhará um post aqui no blog muito em breve, e Quanto Mais Vida Melhor, a trama das sete.

A novelinha é simplesmente uma delícia de se acompanhar. E olha que só faz uma semana de sua estreia.

A história é sobre quatro pessoas totalmente diferentes, que nunca se viram na vida e decolam no mesmo avião. Entretanto, o avião cai, todos morrem e são "resgatados" pela Morte, que lhes dá apenas mais um ano de vida, para que eles possam consertar os erros do passado. No final, apenas UM deles irá morrer definitivamente, e os outros voltarão para suas rotinas.

É uma trama bem simples, recheada de outras tramas paralelas que, somadas aos ganchos no final de cada capítulo, tornam a novela divertidíssima de acompanhar.

Além de ser uma chance de ver beldades como Giovanna Antonelli, com sua espevitada Paula, de longe a mais engraçada e carismática da novela. E a gatíssima Valentina Herszage, como a sensual Flávia, que no capítulo de ontem chegou a beijar na boca (!) o personagem de Mateus Solano. Poxa, além dele ser bem mais velho, esqueceram que em Pega Pega eles eram pai e filha? (risos)

Brincadeiras a parte, o elenco está ótimo. Inclusive o próprio Solano, que acho o maior ator de sua geração. Todo personagem que faz, ele se entrega de corpo e alma, é incrível.

Vladimir Brichta também está muito bem como um jogador de futebol. Será que a intenção de quem escreveu a novela é homenagear Mário Gomes, que vivia um jogador em Vereda Tropical? Assim como ele, o personagem da atual trama das sete também vivia um triangulo amoroso com a atual e a ex-esposa.

Enfim, não há muito o que falar ainda. Muitas emoções ainda estão por vir.

Se a primeira semana já foi eletrizante, imaginem quanta água vai rolar até o final.

Sem contar o mistério de descobrir quem será "finalizado" e irá morrer.

Adoro novelas com mistérios, pois elas nunca ficam enjoativas, a gente sempre quer saber o que vai acontecer.

Fiquem com as emoções dos próximos capítulos.

domingo, 14 de novembro de 2021

O jornalismo policial é injustamente criticado, mas é superior ao jornalismo manipulativo da Rede Globo

Olha, desde a minha infancia, lá nos anos 90, o jornalismo de cunho policialesco sempre sofreu críticas.

Pejorativamente chamado de sensacionalista ou de noticiário mundo cão, o fato é que esse tipo de atração é muito mais informativa e comprometida com as classes populares do que o jornalismo golpista da Rede Globo de Televisão.

Além da irreverencia de seus apresentadores, ao contrário do insuportável William Bonner que tem uma sisudez irritante, esses jornalísticos nos mantém informados daquilo que realmente interessa ao povo, a classe C.

O formato foi lançado em 1991, com o extnto Aqui Agora, no SBT, emissora que não sou muito chegado pelo seu reacionarismo.

Mas logo após, a partir de 1995, vieram apresentadores e programas ainda mais broncos, o que a meu ver é uma qualidade.

Ratinho, lançado pela CNT, ainda teve bons momentos em seu Ratinho Livre, na Record, e nos primeiros anos do Programa do Ratinho, no SBT. Quem não lembra dele, visivelmente irritado, xingando Deus e o mundo de tudo quanto era nome, além de suas bizarrices que incomodavam os poderosos?

Mas nada se compara aos atuais Cidade Alerta e Brasil Urgente, respectivamente comandados por Marcelo Rezende e José Luiz Datena.

Esses programas são exibidos até hoje, nos finais de tarde e início das noites, na Record e na Band.

Os políticos, inclusive alguns de esquerda, tentam a todo custo tirar esses programas do ar, supostamente por eles simbolizarem um "desrespeito aos direitos humanos".

Eles não veem que é justamente o contrário?

Ora, ninguém quer passar a mão na cabeça de bandido! Principalmente NÓS, os pobres. Falo isso pois pertenço a essa classe. Eu mesmo já fui assaltado, e penso que bandido bom é bandido morto.

Além do mais, a Globo e o próprio SBT exibiam filmes inadequados em pleno horário vespertino.

Isso não é muito mais nocivo a uma criança do que ver a REALIDADE NUA E CRUA?

As pessoas não gostam de ver a vida como ela é.

E o jornalismo MEDÍOCRE da Globo está sendo passado para trás, há muito tempo. Ninguém mais quer ser manipulado.

Isso também vale para as revistas eletronicas. Agora mesmo estou assistindo ao Domingo Espetacular, e comparando com a mediocridade que o Fantástico sempre foi.

Fujam do jornalixo globalizante. Existe vida lá fora

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Legalmente Loira: o enorme impacto causado pelo melhor filme da história

Postei esses dias, aqui no blog, uma crítica ao cinema estadunidense, que investe mais em comédia do que em drama.

Entretanto, meu filme favorito de todos os existentes é justamente uma comédia daquelas bem pastelonas: o clássico Legalmente Loira, de 2001.

Na verdade, o filme vai muito além disso. É um filme feminista, libertário e conscientizador.

Além de mostrar diversas mulheres lindas e sensuais, sobretudo a protagonista Elle Wood, vivida pela maravilhosa Reese Whiterspoon, o filme ensina que para uma mulher ser linda, loira e rica, não é preciso ser burra ou ingenua.

É a história de uma garota rejeitada pelo namorado por levar uma vida fútil, mas que, para voltar seu antigo relacionamento, se dispõe a cursar Direito e se tornar advogada, para provar que possui inteligencia suficiente e que não precisa depender de homem nenhum.

Suas amigas, sobretudo Paulette, interpretada pela mesma estonteante atriz que faz a mãe do Steve tifler em American Pie, sempre contam com a ajuda de Woods para deixarem fluir suas emoções e sentirem-se poderosas e independentes.

Todos dizem que filmes do tipo agradam apenas ao público feminino ou gay. Mas se ver um bando de gatas em um filme só, ainda mais na cena em que Woods aparece de biquini numa piscina ou fantasiada de coelhinha numa festa, é ser gay, podem me chamar assim. Nem crio confusão, não (risos)

Legalmente Loira gerou duas continuações: Legalmente Loira 2, em 2003, e o spin-off Legalmente Loiras, em 2009. Este último, não tão criativo quanto os primeiros, por não contar com o elenco original de beldades que fazia todo homem suspirar.

Não lembro de ter visto nenhum dos filmes na Rede Globo. Mas o SBT exibia, tanto o primeiro como o segundo, frequentemente no extinto Cinema em Casa.

Vale a pena rever sempre que puder.

Ao mesmo tempo em que o filme nos põe saudosos de uma época em que bons filmes eram feitos, e os jovens se divertiam a vontade, também é espantoso como o filme é moderno e a frente do seu tempo, por ser um filme com bastante empoderamento e representatividade.

Assistam esse filme e suas sequencias. Mas principalmente o original. E depois me digam se não é o melhor filme já feito.

domingo, 7 de novembro de 2021

Believe, de Cher (1998) mudou todos os conceitos da música pop

A minha teoria é que gosto pessoal não define sexualidade. Sempre briguei e continuarei brigando por isso. Explico: por eu ter um jeito mais tímido, e gostar de coisas tradicionalmente ligadas ao universo feminino, todos me classificam como homossexual. Pois eu jamais trocaria uma novela na tv por uma partida de futebol. Nem um filme romantico por um de ação.

Onde quero chegar? Nesse texto, o assunto é o meu fascínio pela cantora Cher. Só que falarei de um disco específico, o maior marco em sua carreira: Believe, de 1998.

Vale lembrar que a dance music já estava consolidada no mundo desde a virada dos anos 80 para os 90. Acontece que a imensa maioria dos artistas do genero vinham da Europa, sendo conhecidos apenas no continente europeu, na América Latina e em regiões da Ásia.

Cher foi a primeira cantora norte-americana a investir em dance. Claro que já havia música dançante, principalmente feita por negros e latinos nos EUA. Desde os anos 70.

Portanto, nada de atribuir esse mérito a Lady Gaga, por mais maravilhosa que ela seja. E ainda irei falar mais de Gaga aqui no blog.

Mas o que causou a maior revolução no pop estadunidense, foi este album de Cher.

Não preciso falar a história dessa mulher, que considero uma das coroas mais gatas do mundo. Não é necessário mencionar seu ativismo em prol de causas feministas e LGBT, a dupla Sonny e Cher que ela formava com o marido e gravou uma das baladas mais emblemáticas dos anos 60 que foi I Got You Babe, e nem o mais que perfeito disco Dancing Queen, onde ela entoa clássicos do grupo sueco ABBA.

O que quero comentar aqui, é o disco Believe. Sobretudo a faixa-título. Pode parecer apenas mais uma babinha dançante dos anos 90, como muitas outras. E isso não é demérito algum. Músicas como Barbie Girl, por exemplo, eram frequentes nas paraadas européias na época.

Mas nos EUA, isso foi impactante. Pois o mercado de lá era dominado pelo nu metal, pela black music e pelas boy bands. Gosto de tudo isso, sempre falei desses estilos aqui no blog e continuarei falando.

Depois desse disco, os americanos passaram a gostar de coisas como Fatboy Slim, Chemical Brothers, Moby, ATB, Benny Benassi entre outros.

Mas outras faixas eram bem legais. Strong Enough tinha a mesma pegada de Believe, um dance-pop delicioso, com a voz forte de Cher e letra otimista.

Love is in the Air, cover de John Paul Young, foi incluída numa demo lançada posteriormente.

Takin Back My Heart me faz querer dançar até cair, de preferencia em um dia chuvoso, no meio da rua, com todos me olhando. Eu teria coragem de chamar uma menina pra dançar comigo essa música, tamanho o extase que ela causa.

Mas o clipe de Believe, aliado ao falsete que a cantora faz no clímax da canção, logo após a repetição do refrão pela primeira vez, além dos efeitos de Vocoder utilizados na gravação, mostram o quanto isso foi importante. Aliás, foi a primeira canção gravada no MUNDO com esse recurso.

Ouçam Believe. Não só a música, mas todo o disco. Aliás, ouçam Cher. Pelo bem da humanidade. E não precisam me agradecer depois.

O prazer proporcionado ao ouvir Maria Gadú

Há uma postagem minha, aqui no blog, dizendo que a MPB dos anos 90 foi uma reação à cafonice de sertanejos, pagodeiros e axezeiros, ou seja, toda essa letargia cultural que emergiu no início daquela década e que ainda resiste, gerando até novos artistas, cada vez piores. E eu disse, na mesma postagem, que a MPB da época poderia muito bem servir como contraponto a essa música de qualidade duvidosa. Até mesmo gente pouco conhecida, como Pedro Luís e a Parede, que não citei no texto.

Mas hoje, gostaria de mostrar meu apreço pela nova geração da MPB, aquela que veio dos anos 2000 para cá. E já há uma nova, surgida após 2017 até. Entre eles, Seu Jorge, Cordel do Fogo Encantado, Maria Rita, Vanessa da Matta, Diogo Nogueira, e mais para cá, Tiago Iorc, Vitor Kley, Ana Vitória e a Banda Melim. Todos, sem dúvida nenhuma, talentosíssimos. Mas, a meu ver, o maior nome da música brasileira hoje é uma cantora surgida há algum tempo: Maria Gadú.

Essa paulistana de 34 anos, dona de uma voz deliciosamente sexy e autora, ela mesma, de letras por vezes críticas, por outras irreverentes, é simplesmente o futuro da música.

Quando seu primeiro album foi lançado, em 2009, eu já achava isso. Já via a revolução cantada em verso e sonoridade.

Sussurrando em faixas admiráveis como Shimbalaiê, composição que todos na época acharam estranha mas já revelava sua genialidade, ou mesmo numa versão inusitada de Baba, o maior hit de Kelly Key, ela já mostrava a que veio.

Admiradora da boa música independente do segmento, ela nunca se envergonhou em se declarar fã de Sandy e Junior, e isso a meu ver é algo muito positivo. Primeiro, por eu ser também um grande fã da dupla. Segundo, por mostrar receptividade a artistas mais populares, e não apenas ao que a elite esperava que Gadú fosse gostar.

Seu projeto e turnê com Caetao Veloso mostrou que ela era respeitada pelos mestres e calou a boca de críticos inexperientes, que tachavam sua música como "MPB de elevador". Algo que Maria Rita e Jorge Vercillo já eram acusados antes dela, além de Ana Carolina.

Aliás, se Ana é declaradamente lésbica, Gadú se define como bisexual. Mas em entrevistas ela já disse gostar de pessoas. Nada mais sucinto e esclarecedor. E as pessoas tem que avaliar seu talento, seu caráter e sua beleza facial e física.

Sim, eu acho mesmo Gadú uma mulher sensual ao extremo.

Minha canção favorita, em sua bela e doce voz, é Tudo Diferente. E ouvi-la tocando violão, em todas as músicas, mas nessa especificamente, é um prazer que transcende a arte e a própria vida.

Enfim, Maria Gadú é o futuro. E, em breve, quando eu começar a publicar resenhas de discos aqui no blog, é bem provável que o primeiro a ser comentado será um disco dessa deusa. Ainda que palavras sejam pouco para traduzir tamanho gozo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

O verdadeiro sentido do cinema é emocionar e não divertir

Na minha opinião, o melhor genero cinematográfico é o drama, seguido do romance. E quase todos os filmes que se enquadram em um genero também cabem dentro do outro.

Aqui, irei listar os melhores que já assisti.

Um muito bom é Taxi Driver, de 1976, estrelado pelo melhor ator de todos os tempos, Robert de Niro.

Mas o genero drama viveu bons momentos nos anos 80, 90 e 2000.

Em 1985, foi feito Amadeus, uma cinebiografia do célebre compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart.

Em 1992, com o grande Al Pacino, é lançado Perfume de Mulher, um clássico que contém na trilha sonora o melhor tango já composto, Por una Cabeza, em versão instrumental.

Em 1995, o MELHOR drama já feito na história do cinema: com Brad Pitt e Julia Ormond, Lendas da Paixão.

Em 1998, Shakespeare Apaixonado, com Leonardo di Caprio e a deusa Gwyneth Paltrow. Nunca me convenceu esse papo de ela não ter merecido vencer o Óscar de Melhor Atriz e que o premio deveria ser entregue à Fernanda Montenegro. Já disse aqui no blog que admiro Fernanda, mas filme nacional é fraco mesmo. Prefiro seu trabalho em novelas.

Em 2000, Erin Brocovich - Uma Mulher de Talento, com a belíssima Julia Roberts.

Em 2002, outra obra-prima: O Conde de Monte Cristo, remake de outros filmes já lançados anteriormente. Mas esta foi a melhor versão, e faturou vários Oscars no ano seguinte.

Aliás, todo filme dramático sempre ganha o Óscar.

Enquanto essas comédias imbecis e esses filmecos de super-heróis da Marvel só lotam bilheterias, mas não vencem premio algum.

Por que, se dependesse do público, até Velozes e Furiosos levaria estatuetas.

Mas nós sabemos que quem entende de arte é a crítica, não o público.

Em 2005, um filme brasileiro, aliás o ÚNICO dessa lista, pois para mim cinema nacional é uma grande porcaria e só investe em comédia, não em drama. O longa Dois Filhos de Francisco, com Angelo Antonio e a linda Dira Paes, entre outros atores. Mas a emoção que esse filme me passa é gigantesca, e eu choro de soluçar em várias cenas.

Em 2006, dois filmes me chamaram atenção: Pequena Miss Sunshine e A Procura da Felicidade. Choro como uma criança recém-nascida toda vez que vejo ambos.

Em 2008, o filme mais triste de todos os tempos, empatado com A Vida é Bela de 1997: O Menino do Pijama Listrado. Lindo, tocante e inspirador.

Um filme cristão que me fez cair em prantos, e que, adaptado ao Covid, é a história da minha vida, foi Superação - Milagres da Fé de 2015.

Mas a razão desse texto é perguntar: por que os cineastas só fazem filmes para rir, e que não tem graça nenhuma?

Será que as pessoas esquecem o sentido da vida, e acham que tudo é uma grande piada?

Que sejam feitos mais filmes tristes e emocionantes.

Pois quem não se emociona nessa vida não tem amor. E quem não tem amor não tem limite.

Vamos todos pegar os lencinhos e cair no choro.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

O legado da Era Bush é ainda mais triste que o de Reagan

Eu estava pensando aqui e tentando analisar o porque de a sociedade ocidental estar tão medíocre nos últimos vinte anos. Cheguei a várias conclusões, e acredito que a pior delas foi a presidencia de George W. Bush nos Estados Unidos da América, entre 2001 e 2009.

Infelizmente, eu vivi para ver isso tudo. E vou explicar nesse texto, creio que não sem faltar com alguns detalhes, todo o mal causado a humanidade por esse homem.

Não comentarei sobre o que Bush fez na política interna. Todos sabem do aumento da inflação, provocada pelo corte de impostos para os mais ricos e no exugamento dos gastos do Estado em áreas essenciais, como a Saúde e Educação. Isso tudo eclodiu na crise mundial de 2008, e graças ao Governo Brasileiro na época ter investido em crédito bancário para os mais pobres, o nosso país foi um dos ÚNICOS do mundo a não sofrer abalos. Muito pelo contrário, enquanto o mundo inteiro sofria, o Brasil prosperava.

Mas quero falar do fracasso maior: a política externa do republicano.

Não darei detalhes sobre como foram a Guerra do Afeganistão e a Guerra do Iraque. Os jornais na época martelavam o assunto todo santo dia. Aliás, com uma bela dose manipulativa, sobretudo o Jornal Nacional.

Nunca esquecerei do dia 11 de setembro de 2001. A Sessão da Tarde passava o filme Mudança de Hábito 2, quando o Plantão anunciava o atentado contra o World Trade Center.

Na minha modesta opinião pessoal, isso foi uma ARMAÇÃO do próprio governo americano. Ninguém tira da minha cabeça que foi o próprio presidente quem ordenou o ataque, para justificar algo que ele sempre quis fazer, e que denominou como Guerra ao Terror.

Em 2003, o pretexto utilizado foi o petróleo iraquiano. Mas podem ver que o nome Guerra ao Terror continuava, sinalizando que Bush já pretendia invadir outros países.

Por pouco, o Paquistão também não foi invadido pelas tropas norte-americanas. Apenas por uma suposta "diplomacia" do governo paquistanes, que disse respeitar a soberania do Ocidente.

Isso mostra o quanto os EUA são invasivos e ditatoriais contra quem pensa diferente.

E nos remete a outro governo desastroso, do canastrão Ronald Reagan, entre 1981 e 1989.

Reagan havia sido o pior presidente da história americana. Até a chegada de Bush.

Ele havia declarado guerra a países comunistas ou muçulmanos, tendo sido responsável pela morte de milhões de inocentes em Cuba, no Irã e na Nicarágua, por exemplo.

Isso mostra uma terrível intolerancia religiosa.

E essa influencia ultra-conservadora gerou reflexos sobretudo na arte, na cultura.

Podem reparar que, tanto nos governos de Reagan como nos de Bush, houve uma predominacia de filmes comerciais e violentos de ação, comédias besteirol e filmes de terror sangrento.

Não havia controle nos cinemas, e muitas crianças e adolescentes assistiam, sem acompanhamento dos pais, a esses filmes terríveis.

Sem contar a televisão americana, que passava um amontoado de lixo comercial.

Aqui no Brasil, isso foi visto sobretudo na década de 90, nos governos de Collor e FHC. Com a ressalva de que eles não eram assassinos. Entretanto, tinham a mesma mentalidade ultra-liberal e repugnante.

Sem contar a música americana, que dominou o mundo nessas épocas. Não foi a toa que Britney Spears, 50 Cent e Marilyn Manson, fizeram tanto sucesso na Era Bush. Eles apoiavam o presidente golpista e fizeram parte de um projeto de dominação americana no mundo.

Enquanto isso, o divertido Eurodance, que fazia sucesso nos anos 90 incentivado por governos social-democratas na Europa e até nos EUA, com Bill Clinon, o melhor presidente da história daquele país, foi jogado para escanteio.

E as manifestações culturais árabes, como a maravilhosa música afegã, eram proibidas de serem veiculadas.

É por essas e outras que tenho ÓDIO PROFUNDO ao Partido Republicano e sua política de destruir toda a arte diferente da que eles defendem.

Só que Bush, a coisa foi ainda pior.

Felizmente, o grande Barack Obama acabou com a Guerra do Iraque em 2011. E, melhor ainda, o Taliban tomou conta do Afeganistão, em agosto de 2021.

Tempos progressistas virão? É esperar para ver.

Caldeirão do Huck: o melhor programa da Rede Globo deixará saudade

Todos nós que somos fãs e telespectadores assíduos da Rede Globo de Televisão sabemos que o programa Caldeirão do Huck chegou ao fim, há pouco mais de dois meses.

Infelizmente, as novas atrações não são tão boas quanto as antigas. Bom, o Domingão com Huck é muito melhor que o Faustão, ao menos. Mas o Caldeirão com Mion é uma tremenda porcaria.

Por isso, resolvi escrever um texto lembrando, com saudade, do Caldeirão do Huck, a melhor sacada que a Globo poderia ter em sua programação.

Luciano Huck é um apresentador extremamente carismático. Juntamente com Gugu Liberato, é meu favorito. E ambos tinham bom gosto quando o assunto é política: assim como eu, sempre foram cabos-eleitorais do PSDB. Gugu era amicíssimo de Serra, Alckmin e FHC, e sempre que podia os recebia em seu Domingo Legal, outro programa que foi estragado pelo péssimo Celso Portiolli. Huck é amigo do peito de Aécio Neves e fez campanha para o mesmo em 2014, assim como Gugu para Serra em 2002.

Mas o Caldeirão do Huck estreou em 2000, aliás numa época em que não havia ainda a famigerada classificação indicativa na televisão. Por isso, suas assistentes de palco, conhecidas como Coleguinhas, sempre vestiam trajes sumários e viviam rebolando as músicas do momento. Na época, a bola da vez era o funk, mas o axé ainda tinha bastante força. Sem falar no pop internacional.

Quem não lembra, numa edição de verão em 2001, de Luciano e Angélica, que na época não era sequer sua namorada, fazendo os meninos do N Sync dançarem os hits do momento aqui no Brasil?

Aliás, quem não lembra de quadros marcantes como a Musa do Carnaval, em que passistas maravilhosas viviam semi-nuas e até mesmo COMPLETAMENTE nuas, em plena tarde de sábado?

E as atrações musicais? Bandas de garagem, astros e estrelas pop, e até artistas populares viviam batendo ponto no programa.

A dupla Sandy e Junior era presença constante, e isso foi até o final da dupla, sendo que quando eles retornaram aos palcos, o Caldeirão foi um dos primeiros esapaços abertos para a minha duplinha do coração, sobretudo Sandy, que eu considero a cantora mais linda do planeta.

Como não rir bastante com o Lata Velha, onde anonimos e famosos se difarçavam e tinham que pagar mico cantando para terem seus carros reformados? Sem contar a musica tema do quadro, que eu acredito ser a maior marca do programa até hoje.

O Soletrando também era um quadro de muita utilidade pública. Ensinava Língua Portuguesa para o povo de maneira gratuita.

Outro quadro bem legal, e mais recente, foi o Saltibum, que teve participantes como cantor Mariano, da dupla com Munhoz, o ator Kaiky Brito, entre outros.

Artistas internacionais nunca ficaram de fora, entre eles as deusas Beyoncé e Jennifer Lopez, o lutador Mike Tyson e a revelação teen Shawn Mendez.

O Caldeirão era um programa ótimo. No início, ele ia ao ar após a edição de sábado do Video Show. E até seu final, servia como um aquecimento para as novelas das seis, que eu nem preciso repetir que são as melhores. Imaginem o prazer que era, por exemplo, em 2002, encerrar o Caldeirão e começar Sabor da Paixão, que até pouco tempo eu achava a melhor do horário.

Enfim, é lamentável que Huck tenha deixado os sábados para dar lugar a Marcos Mion. Até os quadros estão repetitivos, não há mais variedade.

Mas, com a baixa audiencia dos dois programas, espera-se um retorno para o mais breve possível, nem que seja no início de 2022.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Beatles foram a maior desgraça da história da música

Sendo sincero, eu já fui muito fã dos Beatles. Isso foi lá em 2007, 2008, época da minha adolescencia.

Eu queria dar uma de intelectual para os amigos e parentes, e me achava o diferentão na escola, por não gostar do que a maiora gostava, que eram coisas tão ruins quanto, como Britney Spears, Hannah Montana, Pixote, Exaltasamba e outros lixos. Isso quando não era o horrendo funk carioca.

Mas logo nos meus 17 anos, em 2012, eu vi o quanto eu era bobo de apreciar um grupo tão medíocre, e ainda por cima PRECURSOR de tudo aquilo que eu detestava.

Não que eu ache o rock'n'roll desprezível. Gosto de bastante coisa, principalmente da década de 50. Jerry Lee Lewis, Chuck Berry, Little Richard, Elvis Presley, entre outros.

O que não pode é um grupinho tão ruim, qu ainda por cima mudou todos os conceitos do verdadeiro rock, ser considerado o melhor de todos os tempos.

Quais os critérios adotados para chegar a essa conclusão? Se for vendagem de discos, para mim, isso não quer dizer nada. Esterco também vende bastante, e nem por isso é uma coisa boa. E se for assim, por que todos contestam o título de Rei do Pop dado a Michael Jackson? Ele também vendeu milhões de cópias, e cantava melhor que os Beatles.

Tudo bem, os Beatles influenciaram bastante coisa boa. Bandas legais como Guns e Bon Jovi se dizem inspirados nos insuportáveis garotos de Liverpool. Mas as minhas preferidas deles não evocavam em NADA o que os Beatles faziam. Não vejo nada de Beatles em Patience, November Rain, Living on a Prayer ou Always.

Aqui no Brasil, os quatro gayzinhos de Liverpool influenciaram ótimas duplas sertanejas. Mas essas duplas são bem mais legais quando se espelham nas bachatas e mariachis. Saudade dos Beatles, com certeza, é a pior música de Zezé e Luciano. As melhores são no estilo de Pão de Mel.

O sertanejo que mais se aproxima dos Beatles é justamente o que eu mais detesto: o pseudo-cantor Leonardo. Sua música é tão americanizada quanto a deles (lembrando que eles eram ingleses), e quase nada tem de mexicana ou brasileira.

Outras influencias negativas dos Beatles: cantar sussurrando, algo que no Brasil foi lançado pelos bossa-novistas; fazer os mais jovens desprezarem aquilo que é antigo, os referenciais do passado e as lições dos mais velhos; e uma rebeldia que destruiu o mundo ocidental, com suas apologias as drogas, ao alcool e a violencia contra quem pensa diferente.

Por essas e outras, que eu ABOMINO esse conjunto pavoroso. Que queimem todos no inferno, e que morram logo os que ainda vivem. Mas meu maior desejo é que todas as gravações da banda se percam num incendio, para que os jovens do futuro jamais tenham conhecimento desse lixo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Paolla Oliveira tem atitude que falta em muitas musas e até mulheres comuns

O fato já aconteceu há alguns meses, mas só agora tive tempo para comentar, pois fiquei internado com Covid e, graças a Deus, consegui me recuperar.

Todos devem saber do ocorrido no programa Domingão, apresentado por Tiago Leifert. Paolla Oliveira estava lá, participando da Dança dos Famosos, e supostamente foi assediada pelo apresentador e por um dos jurados, o também apresentador André Marques.

Minha opinião sobre Paolla é que ela é belíssima, uma das mulheres mais lindas de todo o mundo e extremamente sensual. Ela não faz força nenhuma para ser sexy, é de uma naturalidade ímpar essa característica que ela tem.

Mas muita gente criticou a atriz, famosa por papéis de mocinhas ingenuas, quando ela foi a público reclamar e fazer um desabafo contra o assédio.

Minha opinião voces já conhecem: toda mulher é livre para vestir a roupa que quiser, rebolar, fazer sexo e beijar na boca a vontade. Nenhuma mulher merece ser xingada por isso, e que os homens também entendam que isso não é um convite.

Há uma série de mulheres, todas muito atraentes, e algumas até muito gente boa, que trabalham um estereótipo de mulher-objeto. Não as culpo por isso, elas foram criadas numa sociedade machista e acham que mulher tem que servir ao homem.

São elas, muitas ex-BBBs, as paniquetes, as mulheres-frutas entre outras. Nada contra elas, acho-as até bem bonitas e simpáticas, como disse no parágrafo anterior.

Entretanto, deve ser bem chato conviver com uma mulher assim. Elas não tem bons referenciais, não falam sobre política, música, cinema, literatura e chegam ao ponto de apreciarem as péssimas músicas que rolam no rádio atualmente.

Agora vejam a Paolla: em que pese o fato dela ouvir funk, ela não fica mostrando o corpo o tempo todo. E olha que ela tem um CORPAÇO, extremamente escultural, além da beleza facial.

Além do mais, ela é talentosa como atriz, tem uma voz e uma fala equilibradas e não fala tanta besteira nas entrevistas, como outras musas populares.

É óbvio: NENHUMA mulher merece ser estuprada, ao contrário do que pensa o idiota do nosso presidente. Que, aliás, Paolla é radicalmente contra. Ao contrário de sua colega, a também estonteante Juliana Paes.

Acho Juliana linda pacas, com o perdão do linguajar chulo. E também é excelente atriz. Não acho Juliana uma mulher vulgar, como as panicats e funkeiras. Ela está mais próxima do perfil sofisticado porém popular de Nanda Costa. Entretanto, ela tem dado várias bolas foras politicamente falando.

Mas isso não interessa. O que importa aqui, é falar da atitude que toda mulher tem que ter para denunciar o assédio, se elas assim acharem.

E que as mulheres comuns, que temos o prazer de admirar todos os dias quando andamos nas ruas, também reclamem.

Porque eu, como homem, posso achar linda uma mulher sensualizando e vestindo shortinho ou saia curta. O que não posso é partir para a grosseria.

domingo, 10 de outubro de 2021

Big Brother Brasil: os 20 anos do maior lixo da televisão mundial

A razão de eu estar esrevendo este texto antecipadamente - o BBB só completa, de fato, 20 anos, em 2022 - é que eu procurei na Internet críticas inteligentes ao programa e achei pouquíssimas. A melhor delas, um texto atribuido a Luis Fernando Veríssimo. Não sei se o texto, de fato, é dele. Mas fora isso, muito poucas foram as críticas encontradas. Por isso resolvi desabafar e deixar minha opinião registrada.

Sei que meu blog é muito pouco lido, enquanto essa aberração tem pontos elevadíssimos no Ibope. Mas isso não me desanima.

O BBB, versão brasileira do Big Brother surgido na Holanda, nunca foi grande coisa. A primeira edição ainda valeu pela novidade do formato, que já não era pioneiro no Brasil, pois o SBT havia levado ao ar, meses antes, a Casa dos Artistas. Mas não deixava de simbolizar o vazio da atração. E a cada ano que passa, o nível desce mais, as futilidades se repetem e tornam-se cada vez mais ocas.

Os participantes só não são mais aculturados por falta de espaço, para fazer um comentário bem educado. Não conseguem completar uma frase de cinco palavras sem cometerem, no mínimo, dez erros de ortografia.

Mas programas idiotas e descerebrados, temos aos montes. O maior problema é que o BBB é simplesmente VULGAR.

Nunca vi algo tão deplorável exibido em toda a história da televisão mundial. O Big Brother é um lixo em qualquer lugar do mundo, mas no Brasil a coisa é muio pior.

A diferença é que aqui, a imoralidade é mascarada pelos "cobertores". O argumento dos defensores é que lá fora, a nudez é explícita. Mas, no Brasil, o sexo também é explícito, só não mostra nudez por conta dos cobertores.

Mas pensem comigo: voces não acham que as crianças - e não adianta dizer que criança não assiste - não entendem o que estão vendo?

Sejamos sinceros: esse papo de inocencia não cola. Eu sempre ouvi, na minha infancia, lixos como Boquinha da Garrafa, O Pinto, Cumade e Cumpade, Cerol na Mão e nunca vi nada de inocente nessas letras. Eu sempre vi vulgaridade, mesmo.

Se uma criança já é inteligente suficiente para entender o que diz uma música, imaginem então assistir pornografia explicitamente.

E na minha modesta opinião, BBB é pior do qualquer música. Fica até uma bronca: já vi gente falando mal de funk carioca, mas que é telespectador assíduo do programa. Nenhuma música do mundo, nenhuma novela ou nenhum outro programa de tv é mais nocivo do que o BBB.

Na maioria dos países, essa desgraça já saiu do ar há muito tempo. E nos países em que ainda é exibido, a audiencia é extremamente baixa.

Somente no Brasil a audiencia cresce assustadoramente, para voces verem a falta do cérebro da população brasileira.

Infelizmente, ano que vem está chegando e vem aí mais uma edição. E o que é pior: com subcelebridades sem nada de importante a dizer. Até nisso, o BBB está copiando A Fazenda.

Falando nisso, A Fazenda tem se mostrado um belo exemplo de reality show com qualidade. Não que reality shows sejam grande coisa, e acho o formato bastante saturado.

Mas o programa da Record TV tem melhorado a cada edição, justamente o oposto do que vem ocorrendo com o BBB. Por mais que hajam alguns barracos, voce não ve pessoas se expondo ao ridículo nem relações sexuais em plena luz do dia.

Espero que os realitys acabem o mais rápido possível. Nenhum deles faz falta. Mas, no caso do BBB, o grau de influencia é muito maior. E extremamente negativo.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Sertanejo dos anos 70 e 80: modernização, mas sem ferir o estilo tradicional

Olha, tenho escutado pérolas da música sertaneja mais antiga e achando fascinante e gritante a diferença de qualidade.

Antiga que eu digo, é dos anos 70 e 80. Mais precisamente, até o final dos anos 80, pois para mim foi ali o início da decadencia. Tentaremos entender isso nesse texto.

Os críticos musicais, os jornalistas e os estudiosos da antiga música caipira já diziam que esta música estava morrendo desde o início da década de 70. Falando mais claramente, desde o surgimento de duplas como Léo Canhoto e Robertinho e Milionário e José Rico.

Apresentadores de programas caipiras, como Inezita Barroso, Rolando Boldrin e Moraes Sarmento, lamentavam que a moda de viola estava perdendo espaço para rancheiras mexicanas, polcas e guaranias paraguaias, chamamés argentinos etc.

Até mesmo a exclente dupla Liu e Léu, minha favorita no estilo raíz, no programa Viola Minha Viola em 1980 disseram que gostavam de cantar música bem raíz, algo que segundo eles, não existia mais.

Mas a verdade é que os novos sertanejos da época, ainda guardavam elementos tradicionais. Basta ver o Trio Parada Dura, por exemplo, que cantava com violão, sanfona, gaita entre outrs instrumentos que sempre fizeram parte da música caipira.

E mesmo aqueles mais influenciados pelo repertório mexicano, ainda tinham seu talento. Duduca e Dalvan, Matogrosso e Mathias, Alan e Aladim, Gilberto e Gilmar, Teodoro e Sampaio, Cezar e Paulinho, todos entendiam o que era sertanejo. E cantavam dentro da proposta do estilo, não o feriam com inovações vorazes.

Na minha opinião, o maior golpe sofrido pela música sertaneja foi mais ou menos em 1988, 1989, quando Leandro e Leonardo estouraram. Eles já gravaram discos antes disso, mas até então não eram conhecidos em todo o Brasil.

Com roupas cafonas e extravagantes, vozes chorosas e desafinadas e músicas apelativas como Solidão e Entre Tapas e Beijos, eles assassinaram nossa cultura.

Logo depois, em 1991, surgiu a dupla Zezé di Camargo e Luciano. Aí, foi a pá de cal. De lá para cá, acho que poucas vezes vi algo tão ruim na música popular brasileira.

Ambas as duplas fizeram sucesso pela beleza. E seu público era formado, na maioria, por adolescentes histéricas. Nada MENOS sertanejo que isso.

O pior de tudo, é que essas duplas hoje tentam levar uma bandeira que não carregam e falar mal dos novos sertanejos, chamados de universitários. Sendo que eles foram os responsáveis pelo surgimento dessa geração.

E olha que o sertanejo universitário tem muito mais raiz do que o sertanejo dos anos 90. Vejo muito mais qualidade em João Carreiro e Capataz do que nas pavorosas duplas daquela época.

Deve ter sido mágico ter curtido a música sertaneja dos anos 70 até meados dos 80. Por que, se soubessem o lixo que viria depois, ninguém teria criticado músicas como Santa Maria do Brasil, uma verão de Santa Maria de la Mer que foi transformada por Matogrosso e Mathias em uma rancheira e é uma mensagem de adoração a Nossa Senhora. Ou até mesmo Fio de Cabelo, gravada numa época em que Chitãozinho e Xororó inovavam, mas com uma sutileza muito maior do que as coisas que eles fariam depois.

sábado, 2 de outubro de 2021

Nos Tempos do Imperador é a melhor novela de todos os tempos e nos faz sentir nostalgia de uma época não vivida

Desde a estréia de Nos Tempos do Imperador, a atual trama do horário das seis, eu não perdi um único capítulo sequer da mesma. Gostaria de explicar, neste texto, as razões que me fazem amar tanto a novela.

Em minha modesta opinião, Nos Tempos do Imperador é simplesmente a melhor novela já exibida na história da televisão brasileira. Digo isso sem o menor medo de errar. E acredito que, por eu ter assistido a quase todas já exibidas, até as que não são de minha época, tenho embasamento para afirmar e manter essa opinião.

A novela é simplesmente deliciosa. Com destaque especial aos figurinos maravilhosos, sobretudo os da Imperatriz Teresa Cristina, de longe a mais bela da novela. Letícia Sabatella já é um luxo como atriz e uma elegancia de mulher, e vivendo a nossa Imperatriz ela tem se mostrado uma das mulheres mais elegantes e classudas do mundo.

O que mais acho fascinante na história é o resgate do Brasil Império. E aí entra minha opinião pessoal aqui, mas que pelo que vejo é a mesma de muitos brasileiros: o Império foi a melhor fase de nossa história.

Com a colaboração da Igreja Católica, o Brasil teve vasto investimento em Arquitetura, Artes Cenicas e Música.

Aliás, o gosto por árias operísticas e música erudita nos mostra que o brasileiro já teve, sim, bom gosto. Em uma cena, na primeira fase, as princesas Leopoldina e Isabel cantam, com a mãe acompanhando ao piano, Santa Lucia, uma das mais belas árias já compostas, anos depois registrada em disco por Caruso e, ainda mais tarde, por outras vozes.

Aliás, naquele tempo não havia ainda vitrola e sequer o gramofone. Apenas a nobreza podia se dar ao luxo de ouvir música, tendo que contratar uma orquestra para tocar exclusivamente para eles. A plebe, como assim era chamada, só ouvia música em ocasiões especiais.

Na segunda fase, iniciada há algumas semanas, tem-se falado bastante da Guerra da Secessão, ocorrida nos Estados Unidos entre 1861 e 1865. Mais uma aula de História. Se bem que, em muitos faroestes das décadas de 30, 40 e 50, os filmes contavam o que acorria nessa época. Aliás, é outra razão por que eu amo cinema western. Por contar a história americana do século 19.

Aqui no Brasil, o cenário era outro. Mas não menos mágico. A novela vive mostrando cabarés, cassinos e tabernas, que eram nossos equivalentes aos saloons estadunidenses.

Aliás, por falar nisso, quero destacar os personagens Germana e Licurgo, a parte mais engraçada da novela inteira. Como eu ria com esses dois! Ria, no pretérito, pois um acidente tirou a vida de ambos ainda na primeira fase, durante uma fuga após um roubo de joias.

Se alguém disser que a novela ficou menos divertida, serei obrigado a concordar. Mas continua excelente.

Não vejo ninguém arrumar uma crítica construtiva para Nos Tempos do Imperador. Por isso esbravejam, tentando nos convencer que a novela é ruim, mas não tem um argumento sequer.

A única crítica que fazem, e acho-a absurda, é acusarem a novela de racista por causa da abordagem da escravidão. Mas acho que essa abordagem é um fator que pesa mais a favor da novela que outra. Explico: novela é um retrato da realidade. E, um aspecto negativo da época, era justamente a maneira como os negros eram tratados. Como a novela é de época, creio que ela cumpre o papel de informar como era a sociedade da época. Vejo isso muito mais como uma crítica social do que como apologia.

Mas, de fato, o meu sonho era ter vivido no século 19. A melhor fase da história mundial. Eu trocaria toda a tecnologia de hoje para vivenciar algo tão encantador.

Sempre disse aqui no blog que o horário das seis é o melhor e meu favorito. Sobretudo quando apresenta tramas de época.

Antigamente, e eu peguei essa fase, o horário era visto como "menor" pela cúpula da Globo. Menor até mesmo que as tramas tolas das sete, que nem sempre são boas. Já as das seis, eu digo que absolutamente TODAS são boas. Não conheço uma única novela desse horário que não tenha sido.

Ainda bem que, aos poucos, essa visão está mudando. A emissora, assim como os anunciantes, estão vendo que o público ama novelas das seis. Elas nos fazem sonhar com uma época que sequer vivemos.

E até mesmo em outras emissoras, os maiores clássicos, as maiores lembranças do público, sempre são as novelas de época. Basta ver Xica da Silva, a MELHOR novela de toda a história da Rede Manchete, que se passava no Brasil Colonal, outro período glorioso.

Nos Tempos do Imperador é a melhor novela que o Brasil já viu. Quicá, o mundo. E eu não vejo a hora dela ser exportada para todos os países. Ela me orgulha de ser brasileiro, ainda que hoje, o Brasil não seja mais o mesmo.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Zazá: uma das novelas mais divertidas do horário das sete

Zazá foi uma das primeiras novelas que vi na vida. E eu queria falar um pouco sobre ela, de como era o Brasil e o mundo na época, e tentar entender o porquê de não ter atingido o sucesso esperado.

Escrita por Lauro César Muniz e exibida em 1997, quando eu tinha apenas dois anos de idade, a trama estrelada por Fernanda Montenegro no papel de uma milionária excêntrica, como todas as sinopses a definem, foi uma das mais criativas do horário.

Eu sou um grande fã de Fernanda Montenegro. Se ela é a maior atriz brasileira, eu, como leigo em atuação, prefiro não opinar. Mas no panteão das maiores, com certeza ela sempre estará.

Não costumo gostar de cinema nacional muito violento, entretanto sou um grande entusiasta das comédias nacionais da Globo Filmes, tipo Minha Mãe é uma Peça, Vai que Cola - O Filme, Os Parças etc. Não sei se Fernanda estrelou algum filme do tipo.

Mas é justamente por eu gostar desse tipo de filme que amei Zazá. E olha que a novela não se limitava a um humor debochado. Aliás, era o que menos havia.

Claro que tinha muita coisa engraçada, como a própria Zazá, seus sete filhos, entre eles a cozinheira Renata, vivida pela divertidíssima Fafy Siqueira, o preguiçoso Solano interpretado pelo grande Alexandre Borges, o atrapalhado Doc do saudoso Cecil Thiré e a mais engraçada da novela inteira, a fogosa Mercedes de Louise Cardoso.

A trama era simples: Zazá Dumont se dizia descendente de Santos Dumont e desejava criar um projeto: um avião atÔmico que fosse ainda mais revolucionário que o de seu antepassado. Havia ainda as tramas paralelas dos filhos de Zazá, todos sem um rumo na vida. Para isso, ela arruma sete pessoas em quem confia, a quem dá o nome de "anjos da guarda", cada uma para cuidar de um de seus filhos. Entretanto, cada um desses anjos da guarda esconde um segredo em seu passado.

Acontece que o plano de Zazá ela montou com a ajuda do inescrupuloso Silas (o magistral Ney Latorraca), e ele era o único que sabia dos segredos de cada um, passando a manipular cada um dos anjos da guarda em troca de não denunciar o esquema nem suas sujeiras. Zazá só fica sabendo da armação de Silas no passar da história, acredito que após um quarto da novela ter sido exibida, se não me falha a memória.

Enfim, Zazá era divertidíssima. Não pegou o público jovem, que nunca foi muito interessado em novelas. Mas era o xodózinho de muitas crianças, como eu, e idosos.

Na época o Brasil colhia os louros do Plano Real, então muita gente saía de casa ás sete da noite, não se interessando muito por novelas desse horário. Está certo que nem toda novela das sete é boa, mas essa foi bastante. Ainda mais comparada as fraquíssimas novelas atuais.

Lamentavelmente, Zazá foi a menor audiencia do horário na década de 90. Sua média foi de apenas 37 pontos. Mas ela foi infinitamente superior a O Tempo Não Para, só para citar um exemplo. Ou mesmo Vira Lata, exibida pouco antes, o que prova que na época já havia novelas ruins.

Também era uma forma de ver beldades como Letícia Spiller, Júlia Lemmertz, Déborah Secco e Fernanda Rodrigues novinhas, Vanessa Lóes, Cláudia Ohana e Rachel Ripani. Nunca "dei bola para futebol", mas por essa gata eu até que me arriscaria a ver uma partida (risos). Caso não tenham entendido, ela interpretava Sissy, a filha mais nova de Zazá, que sonhava em se tornar jogadora e futebolm, e como era sexy usando a camisa da Seleção Brasileira

Zazá era uma novela gostosa de acompanhar, sem vulgaridade, e se havia traição, ela era tratada como algo errado pelos roteiristas. Não ficavam glamourizando comportamentos equivocados.

Acredito que jamais será reprisada pelo fracasso que foi.

Felizmente, Lauro César escreveria, anos mais tarde, mais precisamente em 2009, a igualmente ótima Poder Paralelo, na Rede Record.

Aliás, Poder Paralelo não foi também um grande sucesso. No entanto, a Record está sempre cogitando reprisá-la.

E até mesmo a HORRENDA Os Mutantes - Caminhos do Coração, já foi reprisada.

Isso mostra para a Rede Globo que ela tem que reprisar o que o público pede, independente do que o Ibope diz.

Se bem que a Globo não se importa muito com qualidade, já que lixos como Fina Estampa e Império já foram e ainda são exibidos no canal.

Globo, tome vergonha na cara e reprise Zazá.

Assim como tem algumas bombas antigas que a geração atual não tem necessidade nenhuma de conhecer, também tem que mostrar o outro lado e apresentar aos novos públicos as coisas boas do passado.

Zazá é o passado, o presente e o futuro. O passado glorioso de um povo educado e respeitador, algo que já era passado em 1997. O presente de estar inovando a teledramaturgia. E o futuro do sonho, da utopia. De querer um Brasil e um mundo melhor através do divertimento saudável e despretensioso.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

A superioridade da Ópera como música e arte e a mediocridade que assola o Brasil

Na boa, estou aqui escutando minhas árias prediletas na voz do MAIOR cantor que a humanidade já conheceu: o tenor italiano Enrico Caruso. É impressionante como tão adorável voz possa ser relegada ao esquecimento diante de atrocidades musicais como o "sertanejo" e o "pagode". Assim mesmo, entre aspas, poia a verdadeira música caipira e o verdadeiro samba merecem respeito, ainda que eu não goste.

A Bossa Nova foi como uma praga na música popular. Porque depois dela, surgiram cantores com fiapinhos de voz, sussurrando e dizendo que cantam.

Nem venham dizer que isso é influencia da música americana, pois a Bossa Nova veio do jazz, e nem todos os cantores de jazz cantam sussurrando.

Mas o fato é que depois da bossa, vieram pseudo-cantores como Leonardo, Belo, Thiaguinho, Alexandre Pires, Luan Santana e outras aberrações que não merecem o título de cantores nem aqui nem na China.

Já antes dela, tínhamos verdadeiras potencias musicais, como Vicente Celestino, e a cantora Bidu Sayão. Voces vão me xingar por isso, mas Bidu Sayão cantava melhor que Sandy, Ivete Sangalo e outras do naipe.

Gostaria de aprender a falar alemão, para poder cantarolar as árias de A Flauta Mágica, a melhor ópera que já ouvi.

Também amo Rigoletto, Aída, Carmen e muitas outras.

Uma coisa que admiro na Ópera é o respeito á ética e a dignidade humana.

Os artistas não se ridicularizam, como essas duplas sertanejas fazendo apologia a bebedeira e a traição.

Eles até falavam desses temas, mas sem vulgaridade nas letras e sem esbarrar uma única nota na interpretação.

As cantoras do genero cantam com a voz, e não ficam rebolando a bunda como as funkeiras.

Fica aqui mu repúdio a ignorancia dos jovens, que deveriam apreciar música de verdade, e isso é muito culpa das escolas públicas que ensinam funk mas não ensinam ópera.

Vamos acordar, pessoal!