domingo, 7 de novembro de 2021

Believe, de Cher (1998) mudou todos os conceitos da música pop

A minha teoria é que gosto pessoal não define sexualidade. Sempre briguei e continuarei brigando por isso. Explico: por eu ter um jeito mais tímido, e gostar de coisas tradicionalmente ligadas ao universo feminino, todos me classificam como homossexual. Pois eu jamais trocaria uma novela na tv por uma partida de futebol. Nem um filme romantico por um de ação.

Onde quero chegar? Nesse texto, o assunto é o meu fascínio pela cantora Cher. Só que falarei de um disco específico, o maior marco em sua carreira: Believe, de 1998.

Vale lembrar que a dance music já estava consolidada no mundo desde a virada dos anos 80 para os 90. Acontece que a imensa maioria dos artistas do genero vinham da Europa, sendo conhecidos apenas no continente europeu, na América Latina e em regiões da Ásia.

Cher foi a primeira cantora norte-americana a investir em dance. Claro que já havia música dançante, principalmente feita por negros e latinos nos EUA. Desde os anos 70.

Portanto, nada de atribuir esse mérito a Lady Gaga, por mais maravilhosa que ela seja. E ainda irei falar mais de Gaga aqui no blog.

Mas o que causou a maior revolução no pop estadunidense, foi este album de Cher.

Não preciso falar a história dessa mulher, que considero uma das coroas mais gatas do mundo. Não é necessário mencionar seu ativismo em prol de causas feministas e LGBT, a dupla Sonny e Cher que ela formava com o marido e gravou uma das baladas mais emblemáticas dos anos 60 que foi I Got You Babe, e nem o mais que perfeito disco Dancing Queen, onde ela entoa clássicos do grupo sueco ABBA.

O que quero comentar aqui, é o disco Believe. Sobretudo a faixa-título. Pode parecer apenas mais uma babinha dançante dos anos 90, como muitas outras. E isso não é demérito algum. Músicas como Barbie Girl, por exemplo, eram frequentes nas paraadas européias na época.

Mas nos EUA, isso foi impactante. Pois o mercado de lá era dominado pelo nu metal, pela black music e pelas boy bands. Gosto de tudo isso, sempre falei desses estilos aqui no blog e continuarei falando.

Depois desse disco, os americanos passaram a gostar de coisas como Fatboy Slim, Chemical Brothers, Moby, ATB, Benny Benassi entre outros.

Mas outras faixas eram bem legais. Strong Enough tinha a mesma pegada de Believe, um dance-pop delicioso, com a voz forte de Cher e letra otimista.

Love is in the Air, cover de John Paul Young, foi incluída numa demo lançada posteriormente.

Takin Back My Heart me faz querer dançar até cair, de preferencia em um dia chuvoso, no meio da rua, com todos me olhando. Eu teria coragem de chamar uma menina pra dançar comigo essa música, tamanho o extase que ela causa.

Mas o clipe de Believe, aliado ao falsete que a cantora faz no clímax da canção, logo após a repetição do refrão pela primeira vez, além dos efeitos de Vocoder utilizados na gravação, mostram o quanto isso foi importante. Aliás, foi a primeira canção gravada no MUNDO com esse recurso.

Ouçam Believe. Não só a música, mas todo o disco. Aliás, ouçam Cher. Pelo bem da humanidade. E não precisam me agradecer depois.

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