quinta-feira, 14 de julho de 2022

Anitta colocou o Brasil no mapa mundial com sua música e agora faz o mesmo com seu ativismo

Sempre gostei da cantora Anitta, desde que ouvi pela primeira vez o hit Show das Poderosas, há quase dez anos.

Desde então, eu sempre vi a jovem carioca de Honório Gurgel ser massacrada, não tanto pela crítica, que sabe reconhecer um bom produto, mas pelo público ultra-reacionário que ajudou a eleger Jair Bolsonaro.

Anitta é muito mais criticada pelas mulheres que pelos homens, o que mostra como as mulheres brasileiras são machistas. Eu já prefiro classificar como recalque mesmo, pois quem não queria ser linda, maravilhosa e sensual aos olhos de todos os homens, com uma carinha de sapeca e uma bunda de dar água na boca?

Embora Anitta tenha um forte público LGBT, eu não tenho vergonha nenhuma de dizer que sou hétero e VENERO essa mulher.

Além do fato dela estar colocando o Brasil no mapa mundial com sua música de excelente qualidade, comparável a Elis Regina e Gal Costa, e com seu rebolado que provoca ira em pleno século 21, agora a cantora volta a tona com um discurso pró-Lula e anti-Bolsonaro. O que me faz admirá-la ainda mais.

Sempre tivemos mulheres independentes, desde Leila Diniz até a graciosa gauchinha Luiza Sonza, aliás outro colírio visual e musical que estamos ouvindo nessa era de raras músicas boas.

Quem não se lembra de Gretchen e Rita Cadillac nos anos 70, Carla Perez e outras dançarinas de pagode nos anos 90, e Mulher Melancia e Mulher Melão nos anos 2000?

A diferença é que elas, com exceção de Gretchen, não se posicionavam politicamente. Elas não faziam ideia da arma que elas tinham nas mãos e na revolução que estavam fazendo nos ambitos sócio, cultural e economico.

Mas Anitta é a mais bela de todas essas musas e artistas, e também a mais engajada.

Recentemente, a cantora foi criticada por pedir a Lula que, se caso fosse eleito presidente, liberasse a venda e consumo de maconha. Mais uma vez as ideias reacionárias tomando conta do povo. Eu concordo plenamente que TODAS as drogas devem ser legalizadas. Primeiro, porque o Estado não deve se intrometer na vida de ninguém. E segundo porque como a própria cantora afirmou, isso é uma questão de segurança, assim como o aborto é uma questão de saúde pública.

Anitta está trazendo de volta a leveza da música brasileira de 1958, 1959, quando a Bossa Nova tirou das paradas o romantismo cafona e datado do samba-canção. Assim como hoje, ninguém aguenta mais essa dor de cotovelo que o sertanejo fez reinar no Brasil e que, após a febre do início dos anos 90, foi substituído por músicas legais como Daniela Mercury, É O Tchan e Mamonas Assassinas.

Espero profundamente que Lula seja eleito presidente do Brasil. O bolsonarismo já causou muitos estragos, inclusive com seus "artistas" apoiadores, que ferem nossos ouvidos por não contarem com uma voz doce e suave como a da gatíssima intérprete de Vai, Malandra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário