segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Polêmica de Azealia Banks confirma a burrice do brasileiro

Confesso que, apesar de conhecer o trabalho da rapper Azealia Banks há algum tempo, nunca parei para conhecê-lo mais a fundo.

Na semana passada, a cantora se envolveu numa polêmica com os brasileiros na Internet. Ela teria dito que é um absurdo ser vítima de ataques raciais de brasileiros brancos, redigidos com um inglês traduzido pelo Google Translate. E teria afirmado, num tom irônico: "Não sabia que tinha Internet na favela".

Forte demais? Talvez. Mas não deixa de haver uma razão em suas palavras. Uma enorme razão, diga-se.

O brasileiro é um povo estranho. Fala mal do próprio país até mesmo com ferocidade, mas vira um leão quando algum estrangeiro faz o mesmo.

O brasileiro é patriota apenas em época de Copa do Mundo, quando "somos todos um só", segundo dizem alguns slogans. Aí, todos torcem para a "grandiosa" Seleção Brasileira, com seus heróis encarnados prontos a nos salvar de qualquer fome ou doença. Mas quando o juiz apita fim de jogo, voltam as velhas lamentações, sobre a Saúde, a Educação, etc. Lamentações resignadas, é bom deixar claro.

Sim, pois querer um país melhor é uma atitude louvável. Agora, pedir por isso e não levantar-se da cadeira, é de uma preguiça comovente.

Por que os estadunidenses se desenvolveram? Não me atrevo a apontar todas as razões, mas uma delas eu garanto: eles não confundem PATRIOTISMO com PATRIOTADA.

Além de serem muito protecionistas e de não admitirem críticas de outros países, eles próprios não se auto-criticam. E estão sempre buscando o aperfeiçoamento, cada vez mais.

Eles veem a vida como uma grande competição, talvez uma luta de boxe, onde o vencedor leva tudo. E dispõem de armas necessárias para isso, distribuídas igualmente para todos os lutadores. Em outras palavras: todo cidadão americano tem, por direito, as mesmas oportunidades. Se alguém consegue se destacar, o faz por seus próprios méritos, e por ter feito melhor uso de suas armas, e não por ter mais armas.

Azealia está pagando o preço de suas palavras verdadeiras. Algo semelhante aconteceu, alguns anos atrás, com o ator Sylvester Stallone, quando este afirmou que "se dermos um macaco aos brasileiros, é capaz de agradecerem". Os brasileiros, analfabetos funcionais, acharam que Stallone estava nos chamando de macacos, ou seja, não sabiam sequer a diferença de DAR um macaco e de SER um macaco.

Meus caros compatriotas, vocês nunca se perguntaram a razão de tais críticas? Comecem a avaliar a vossa gramática, o vosso raciocínio lógico e a vossa maneira de enxergar o mundo ao redor. Quem sabe, assim, voces entenderão por que somos tão criticados no exterior. E aí, quem sabe, tomar alguma atitude para mudar isso

Confesso que graças a essa polêmica, comecei até a reparar na bela beleza morena de Azealia e na sua bela e doce voz. Não me levem a mal, adoro ser redundante. Ainda que seja um recurso pouco compreendido pelo brasileiro. "Ih, olha lá, ele está nos agredindo verbalmente, só eu posso fazer isso". Vai começar tudo de novo.

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