quarta-feira, 14 de março de 2018

Malhação - Vidas Brasileiras segue o ritmo da anterior e mostra que a juventude atual está cada vez mais engajada

O final de Malhação - Viva a Diferença, foi, como costumamos dizer hoje em dia, um lacre. Assisti essa temporada do começo ao fim. Dez meses se passaram como dez minutos, ou seja, em momento nenhum a novelinha ficou enjoativa.

Terminando como uma das melhores temporadas da história, onde o jovem foi tratado como real protagonista e não mais como um bobo-alegre, Viva a Diferença passou o bastão para Vidas Brasileiras na semana passada.

A nova temporada segue o ritmo da anterior. Questões sociais continuam sendo abordadas, e com propriedade.

Estamos acompanhando logo de início o drama de Kavaco, que não consegue ler direito em uma das aulas, e desperta a curiosidade da professora Gabriela, vivida pela linda Camila Morgado (essa mulher não envelhece!)

Tem também a história de Pérola, interpretada pela jovem estreante Raíssa Bratillieri, que também é uma bela garota. O pai dela é preso logo no primeiro capítulo por corrupção e ela vira motivo de chacota na escola por isso.

Tem também o Tito, personagem de Tom Karabashian, filho do grande compositor Paulinho Moska. Eu já tinha visto o menino no filme Fala Comigo, que também é ótimo e trata sobre o romance de um jovem com uma mulher bem mais velha. Eu me identifiquei com esse filme, e fiquei impressionado com a química dos atores. Afinal, eu também sofro preconceito por gostar de pessoas mais velhas.

Mas voltando à Malhação, a nova temporada é tão legal quanto a anterior. E muito melhor do que as antigas.

Ela me faz chegar a uma conclusão: a cabeça dos jovens está mudando.

Os jovens hoje, sobretudo os adolescentes, não estão apenas interessados em paquera. Estão preocupados com coisas muito mais sérias, como machismo, intolerância religiosa, homofobia e bullying, que até pouco tempo era considerado como "brincadeira saudável", até mesmo por adultos. Ainda tem quem pense dessa forma, mas esse pessoal está sendo cada vez mais ridicularizado. Agora ser preconceituoso não é mais "ser cool", "ser popular na turma".

Viva a Diferença foi a primeira temporada a mostrar uma personagem autista. Eu me senti representado finalmente! E suas amigas sempre a trataram muito bem. Não posso dizer o mesmo de mim, pois eu não tinha amigos no colégio, mas adorei ver uma portadora da síndrome de Asperger sendo incluída em um grupo.

Também foi a primeira vez em que um casal homossexual, formado por duas garotas bissexuais, chegou ao fim junto. Aliás, quero afirmar que uma delas, a Lica, era minha favorita de toda a temporada. Menina de muita atitude!

Enfim, Viva a Diferença é minha temporada preferida. E Vidas Brasileiras entra agora para esse ról. Só espero que as diferenças continuem sendo comentadas. E espero muito que os jovens da vida real se espelhem nos da ficção. Por um Brasil melhor.

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