Vou seguir na linha de artigos falando sobre música, já que os últimos foram sobre esse assunto.
Hoje iremos falar um pouco sobre preconceito e discriminação.
Ao contrário do que muita gente pensa, preconceito não significa falar mal de algo e sim falar sem conhecer. Por exemplo, se eu estiver de olhos vendados e disser que uma mulher que nunca vi é linda, eu estarei sendo preconceituoso, mesmo tecendo um elogio a ela.
Ou seja: tem muita gente que fala mal de determinado gênero musical ou de determinada música de algum artista, só por que é aquele gênero musical ou aquele artista.
Sem querer puxar a brasa para o que eu gosto e me vitimizar, mas a música sertaneja é o estilo que mais sofre esse tipo de preconceito. Vamos lá, avaliem.
O Heavy Metal é considerado uma música superior pelos roqueiros fanáticos. A música clássica e o jazz, pelos pseudo-intelectuais.
O funk carioca é considerado de qualidade inferior, mas nesse caso, não vejo como preconceito. 90% de sua produção é um lixo completo, e eu posso confirmar por que conheço.
O genero que mais sofre preconceito SEM MERECER, é a Música Sertaneja.
Então vamos nesse texto, tentar responder às criticas mais comuns.
O primeiro ponto: dizem que as letras não têm poesia. Caraca, se "ela tem um brilho forte, brilha feito estrela, ah eu adoro vê-la fazendo aquele amor", não é um verso poético, então não sei o que é poesia para voces.
Ou então "um beijo de paz, um raio de luz, na festa do amor voce me seduz". E muitas outras.
Dizem que os cantores não têm voz e gritam muito.
Mas meus queridos, gritar é para quem pode. Cantar baixo é coisa de quem não tem recursos vocais.
Os artistas gospel e a maioria das popices norte-americanas fazem o maior berreiro e ninguém fala nada.
Eduardo Costa, gritando, passa emoção, passa sentimento com a sua voz. Coisa que o chato e ultrapassado "rei da bossa nova", João Gilberto, não consegue fazer sussurrando.
Existem bons cantores que cantam com a voz mais contida? Sim, claro. Entre eles José Augusto, Gilliard, Fabio Jr., e dentro do sertanejo, Gian e Giovani, Rick, Léo Chaves, a deliciosa Paula Fernandes entre outros.
Mas dizendo de UM MODO GERAL, na grande maioria dos casos quem canta baixo não tem técnica.
Por isso não cola esse papo dos detratores que que cantor sertanejo tem voz de cabrito, por que o que eles definem como "voz de cabrito" eu chamo de INTERPRETAÇÃO.
Eu gosto um pouco de rock. Mas odeio os roqueiros. Essa turma é a mais radical quando o assunto é desrespeitar o gosto alheio. Eles deveriam viver dentro de uma bolha, assim poderiam ouvir só o que quisessem. E também não obrigariam todo mundo a compartilhar de suas opiniões.
Eu admiro muito Lobão quando ele fala de política. Mete o pau no PT, no comunismo e no politicamente correto. Mas quando fala de música, só saem fezes de sua boca.
Como se não bastasse ser um péssimo vocalista, é um invejoso do sucesso que o novo sertanejo vem fazendo.
Mas já elogiou Mr. Catra.
Assim como Guilherme Arantes criticou o sertanejo, o pagode e o axé recentemente, mas chamou os funkeiros de revolucionários. E um cara desses é tido como gênio pela imprensa especializada.
Não vou me alongar muito nesse texto de hoje. Só queria lembrar vocês que nossos antepassados lutaram muito por uma democracia, inclusive muitos ídolos do Rock e da MPB, que eu admiro bastante.
Mas hoje, parece que os modernos se converteram nos caretas.
Mas enquanto a viola repicar e houver alguém que solte a voz, a música sertaneja irá se manter viva. E inclusive enquanto uma guitarra chorar e uma dupla soltar seus agudos, as inovações serão sempre bem-vindas.
O tempo não para. Para desespero dos haters, o sertanejo de ontem, de hoje e de amanhã estará sempre no coração do Brasil.
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