quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A falta de consideração do Canal Brasil

Comecei a assistir o Canal Brasil no final de 2011, começo de 2012, quando coloquei TV a cabo.

Nunca me interessei pela programação das tardes e noites, e de manhã eu estou dormindo. O que mexia comigo era o que rolava nas madrugadas.

Lógico, de vez em quando no horário vespertino passavam as divertidíssimas chanchadas da Atlântida e da Vera Cruz, com Mazaroppi, Oscarito e outros ícones. Agora até isso está raro de serem exibidos. Só querem colocar no ar filmecos de guerrilha de quinta categoria, com apologia ao marxismo cultural.

Por isso, eu me ocupava com outra coisa durante o dia, e guardava minhas energias para madrugar (risos).

Quem acompanha a emissora sabe do que estou falando: a sessão Como Era Gostoso o Nosso Cinema, que ia ao ar de segunda a quinta-feira com o melhor da pornochanchada.

Como foi nessa época que ganhei meu próprio quarto e minha própria TV - sim, antes disso eu dormia junto com meus pais e irmão - eu fazia a festa.

Eu me divertia à beça (pensem no que quiserem) assistindo pérolas dos anos 70 e 80, com deusas do quilate de Helena Ramos, Sônia Garcia, e a minha favorita Matilde Mastrangi, de quem devo ter visto quase todos os seus filmes.

Só que eu fiquei um tempo sem acompanhar e essa semana descobri que o canal reduziu a sessão apenas às terças e quartas.

Não sei quando isso foi feito, mas isso sim é uma verdadeira sacanagem com o telespectador.

Pelo que me recordo, já era comum repetir o mesmo filme duas ou até mais vezes na semana, o que não era totalmente ruim. O que é bom tem que ser reprisado mesmo.

Agora, limitar os dias do programa é falta de respeito.

Uma outra coisa que eu queria comentar é o tamanho dos cortes realizados pela emissora nos filmes.

Uma coisa é diminuir o tempo do filme por falta de espaço na grade. Vá lá, é compreensível. Agora, fazer cortes motivados por moralismo é inadmissível. Tem filme que eles retiram todas as cenas explícitas, e não somente de sexo, mas até a própria nudez das atrizes.

Vou citar um exemplo: o excelente Promiscuidade - Os Pivetes de Kátia. Cansei de vê-lo no Canal Brasil. Mas todo picotado.

Eu leio na Internet que a emissora o exibe assim, por ser a versão que eles adquiriram. Pois o filme original tinha cenas de pedofilia e foi censurado pelos militares. Tá ok, mas e as cenas de sexo com adultos? E as cenas onde a maravilhosa Mara Carmem mostra os seios e se pega com outra mulher?

A versão exibda pelo Canal Brasil não tem NENHUMA CENA SEQUER, nem de sexo nem de nudez.

Portanto, eu vejo esse filme como um excelente suspense ou drama, que no final tem momentos de terror. É tudo, menos erótico. Mas continua sendo maravilhoso.

Minha crítica não é aos filmes, que fique claro, e sim a equipe de programadores do canal.

Então queria deixar isso aqui registrado, e se alguém que ler tiver contato com algum dos programadores, favor chegar até as mãos deles.

Primeiro, comecem a liberar mais ousadia nos filmes. Depois, não repitam os mesmos filmes tantas vezes. Sei que o acervo do Canal Brasil é maior que isso, e tem muito conteúdo. E por fim, voltem a exibir a sessão as segundas e quintas.

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