quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

O pesadelo do governo Bolsonaro

Estamos vivendo uma época terrível da vida brasileira.

O pesadelo que nós já imaginávamos desde 2011, quando ele começou a ganhar apoio nas redes sociais, se concretizou no último mês de outubro.

Acho que já sabem a que me refiro: Jair Messias Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil, e assumiu no dia primeiro de janeiro deste ano.

Um homem que se orgulha de odiar pobre, negro, trabalhador, mulher e principalmente homossexual, irá cumprir mandato pelos próximos quatro anos, a menos que alguém faça alguma coisa.

Eu posso deitar na cama nesse período e dormir, se não feliz, ao menos tranquilo de não ter votado nele.

Votei em Alckmin no primeiro turno e em Haddad no segundo. Mas até mesmo Cabo Daciolo representaria menos perigo à democracia do que o "general", como é conhecido pelos simpatizantes. Aliás, ele tem simpatizantes? Para mim, são apenas fanáticos que aplaudem qualquer atitude que ele tomar.

Reparem numa coisa: por mais que se decepcionem com um governo, as elites só vão Às ruas pedir seu impedimento caso ele seja progressista.

Foi assim na Era Vargas. Quantas vezes não o chamaram de demagogo e populista, por ele ter criado férias, décimo-terceiro, salário-mínimo, aposentadoria etc. Foi assim na Era JK, quando o chamaram de populista por criar nova capital, e construir estradas. Foi assim com Jango, por ele ter prometido uma ampla reforma agrária no país. Foi assim com FHC, por ter criado um plano econômico que nos salvou de uma inflação histórica. E foi assim com Lula e Dilma, que entre outras coisas, enfrentaram crises mundiais de modo que o Brasil passasse praticamente ileso, mantiveram uma inflação controlada e, sem o menor medo de errar, foram os MAIORES criadores de emprego e renda que o Brasil já teve.

Agora, vejam os governos reacionários, que sempre votam contra o povo. Quem protesta contra eles é sempre uma elite intelectual, e jamais uma elite financeira. Vocês já viram algum empresário em alguma passeata contra a ditadura militar, sobretudo no seu período mais negro, que foi a Era Médici? Algum burguês foi a favor da deposição do Collor, em 92? Ou algum político de direita mesmo, dar um pio sobre as corrupções do Temer, em todo seu tempo de governo?

As eleições de 2018 entrarão para a história como a mais direitista desde 1989. Nas eleições de 94, 98 e principalmente 2002, havia um predomínio dos candidatos de esquerda.

Eu apoiei Fernando Haddad por ele ser um cara culto, ligado às massas, por dar continuidade ao projeto do Partido dos Trabalhadores e o principal: não é preconceituoso. Acredito que isso ajuda na credibilidade, não é mesmo?

Além do mais, a vice dele, Manuela Dávila, é uma mulher lindíssima, defensora dos gays e da liberdade de crença. E ligada a ao PCdoB, um grande partido.

Infelizmente, o país preferiu investir na burrice, no atraso. E hoje, estamos pagando por isso, com um presidente cortando gastos do Estado, extinguindo o Ministério do Trabalho e até liberando o porte de armas para o cidadão comum.

Provavelmente, mesmo assim, seus eleitores dificilmente darão o braço a torcer e admitirão que votaram errado. SE alguém for às ruas protetar, serão os estudantes, os operários e os camponeses. Os primeiros, pela sua admirável intelectualidade. Os demais, por serem também povo e pela sua inteligência intuitiva.

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