quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

PEC do Teto é o primeiro passo para retomar o crescimento, mas governo precisa tomar outras atitudes

A aprovação da PEC do Teto, que reduz o limite nos gastos públicos por 20 anos, foi aprovada pelo Senado e entrará em vigor sem precisar ser sancionada pelo Governo Federal.

A medida gerou revoltas e protestos dos velhos inimigos do capital, aqueles que estavam satisfeitos com a inflação que vinha crescendo exponencialmente no último governo e chegara a dois dígitos.

Entretanto, o governo Temer está muito longe da perfeição. E isso por ser intervencionista demais. Obviamente, é muito melhor do que o anterior, mas falta muita coisa a ser feita ainda.

Quando Temer extinguiu o Ministério da Cultura - na realidade, o fundiu com o Ministério da Educação - eu o aplaudi de pé, e cheguei a crer que estávamos vivendo uma nova era. Uma era que mal havia começado e já parecia ser mais capitalista do que os governos da década de 90. Cheguei mesmo a acreditar que finalmente tínhamos nosso equivalente a Reagan.

Mas tudo não passou de fogo de palha. Foi só meia dúzia de estudantes e "artistas" fracassados entrarem em ação, que o governo voltou atrás e recriou o Ministério. Uma atitude bem covarde e precipitada.

Cultura não deve ser tratada como uma política de Estado. Cultura é uma coisa de caráter subjetivo, portanto, governo nenhum tem o direito de investir milhões do dinheiro alheio em obras que, no final das contas, nem rendem lucro.

Um outro equívoco de Temer é manter os programas sociais, uma herança maldita deixada pelo PT. Quem me dera se esmolas como o Bolsa-Família tivessem o mesmo fim do Fome Zero, um retumbante fracasso.

Mas infelizmente, Temer pretende manter esses programas, embora não pretenda ampliá-los (já é alguma coisa).

Por outro lado, eu acho um absurdo haver uma reforma na Previdência. Agora, como se não bastasse a idade mínima de 65 anos, é preciso contribuir 49 anos para poder se aposentar.

Por que ao invés de massacrar o trabalhador com horas e horas de jornada de trabalho, não se privatizam logo todos os hospitais públicos, só para citar um exemplo? Garanto que economizaria muito dinheiro sem precisar fazer esse massacre com o povo brasileiro, e ainda por cima nos livraria do péssimo atendimento em tais hospitais.

Infelizmente as coisas não funcionam do modo que deveriam funcionar. O governo arruma uma solução paliativa e incompleta. E pior: cheia de falhas. Muitas águas vão rolar ainda nesse córrego. Só espero que isso não vá acabar num poço sem fundo.

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