É impressionante a baixa qualidade dos sucessos musicais de hoje, a maioria sertanejos.
Aliás, parece que o Brasil virou um imenso rodeio ou uma grande vaquejada, pois quando não é sertanejo que está tocando nas ruas, são os forrós horrorosos do pseudo-cantor Wesley Safadão, que assim como Lucas Lucco, Henrique e Juliano e outras aberrações, faz sucesso pela "beleza" que dizem que ele tem.
Não quero ser preconceituoso, mas pra mim, pouca coisa feita fora do Rio de Janeiro tem valor. E isso nem é puxar a brasa para a minha sardinha, pois não sou carioca e nunca estive no Rio.
Mas eu sou simplesmente apaixonado por aquela cidade e por aquele estado. Tudo que vem de lá me fascina.
As mulheres mais lindas e sensuais do mundo são as cariocas (as baianas também são, mas as cariocas vencem). Os melhores filmes e peças teatrais idem. Aliás, os grandes atores e atrizes do nosso país, a grande parte vem da Cidade Maravilhosa.
Agora, quanto o assunto é música, aí é um espetáculo. O Rio nos brindou com o samba, de Noel Rosa, Cartola, João Nogueira, Beth Carvalho, a maranhense naturalizada Alcione etc. Nos anos 80, gerou o pagode do Cacique de Ramos, dos maravilhosos Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Leci Brandão, Arlindinho Cruz, Fundo de Quintal e que nos anos 90, serviu de base para um novo pagode, feito em São Paulo.
O funk carioca é uma delícia de ouvir, em todas as suas vertentes, inclusive o polêmico proibidão. Mas confesso que prefiro o funk melody, que é super romântico, mas não deixa de ter uma batida envolvente e que convida a dançar. Anitta é simplesmente perfeita, e vai além das fronteiras do funk, sendo nosso maior ícone pop hoje em dia. Descobri no rádio outro dia um cantor chamado MC Thales, que tem uma bela voz. E me divirto demais com o Nego do Borel.
Agora, a criação mais divina, mais explêndida do povo carioca foi a Bossa Nova. Já comentei de relance aqui sobre esse movimento, no texto sobre Manoel Carlos, mas não me aprofundei.
A Bossa Nova é a mistura de dois ritmos maravilhosos: o carioquíssimo samba e o jazz, a perfeição musical inventada pela negritude americana no finalzinho do século 19 e início do século 20.
Mas eu tenho preconceito com sertanejo e forró? De jeito nenhum, desde que seja o sertanejo de Tonico e Tinoco, Liu e Léu, Rolando Boldrin, Inezita Barroso. Eu particularmente não curto esse tipo de som, acho muito chato, mas tenho o dever de respeitar pois é a cultura do homem do campo.
Agora, não me peçam para trocar um disco de Tom Jobim por qualquer um desses, pois não é a minha praia. E eu mereço respeito por não gostar.
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