sábado, 23 de maio de 2020

A importância da balada e da música eletrônica para os movimentos de esquerda

Eu sou apaixonado por música eletrônica. Mais do que por qualquer outro gênero musical já comentado aqui no blog.

Faz tempo que estou querendo dizer o que penso desse movimento cultural que há décadas domina o cenário estrangeiro.

Quando digo música eletrônica, estou incluindo TODAS as vertentes. Todas mesmo. Não há uma que não seja do meu agrado. Inclui até mesmo o agressivo Horrorcore, mistura de Harcore Techno com barulhos tirados de filmes de Horror.

Techno, aliás, é o nome genérico para música eletronica. Como Dance Music era o nome que designava toda música eletronica nos anos 90. Mas aqui, vou desfazer esse equívoco.

A Eurodance dos anos 90, estilo bastante tocado em festinhas infantis e até nos churrascos de domingo com a família, era somente a vertente mais popular da época. Projetos obscuros como Snap, Technotronic e Alexia, eram nomes dados para algum vocalista desconhecido que "emprestava" sua voz para aquele projeto. O mesmo cantor ou cantora podia gravar faixas para diversos projetos.

Nos anos 2000 o gênero viveu altos e baixos. Foi um período dominado pelo hip hop e, no Brasil, pelo pop-rock. Generos que também curto bastante, mas não são o foco desse texto.

Só que na Europa, berço da música eletrônica, ela continuava produzindo hits para as pistas de dança.

Em 2007, o Psy Trance virou uma coqueluche. Na minha escola, a galera só dançava isso. Inventaram até o Psy Frevo aqui.

O Drum'n'Bass, surgido na Inglaterra, gerou o Drum'n'Bossa aqui no Brasil. Várias novelas da Globo tiveram canções do estilo em seus CDs internacionais ou complementares.

Mas a minha vertente favorita da música eletrônica é o Brostep, que por sua vez é derivado mais rápido do Dubstep, que foi inventado pelo DJ e ex-cantor de rock Skrillex. O cara é simplesmente fenomenal!

Para quem não está sacando ainda, tá ligado aqueles vídeos de Youtubers tipo Minecraft? Sempre na introdução do vídeo, toca uma musiquinha meio robótica e repetitiva, né? Isso é o Brostep. Os próprios carinhas que fazem o vídeo costumam montar suas faixas, ou seus "drops", em seus próprios PCs.

Mas o motivo desse texto eu vou dizer agora. Fiz um breve históricos da Eletro Music e algumas de suas vertentes (olha que só falei das mais comerciais!) para dizer o quanto esse tipo de som pode e É usado como instrumento revolucionário.

Por mais que hajam reacionários que curtam música eletronica, ela é um genero musical de esquerda. É como o samba. Tem uns idiotas que usam músicas desses estilos em videos pró-intervenção militar, o que é absurdamente ridículo.

Qual é o clima da balada? Paz e amor, como era Woodstock, só que em outro contexto, o das raves. Mas a liberdade de consumir drogas, de transar ou de ficar nu em público é a mesma. E isso é ótimo.

Eu nunca experimentei drogas. Mas sou a favor de quem quiser usar. Qual é o problema?

Mas aí você pode argumentar que nas baladas ocorrem muitas brigas. Mas essa não é a intenção. Quem sai para curtir a noite, quer celebrar a vida, beijar na boca e até arrumar uma paquera mais intensa. Casais já se conheceram na balada. Isso é errado?

A própria música é alegre, e as letras falam de amor, de dança, de alegria.

A maioria dos fãs e artistas de eletrônica são esquerdistas. Vejam, por exemplo, a cantora Dua Lipa e o músico de Trap Diplo. Eles se posicionaram contra Bolsonaro nas eleições passadas.

Essa é a minha opinião, e dificilmente alguém poderá discordar. A música eletronica é progressista. E deliciosamente genial.

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