Eu sou apaixonado por música eletrônica. Mais do que por qualquer outro gênero musical já comentado aqui no blog.
Faz tempo que estou querendo dizer o que penso desse movimento cultural que há décadas domina o cenário estrangeiro.
Quando digo música eletrônica, estou incluindo TODAS as vertentes. Todas mesmo. Não há uma que não seja do meu agrado. Inclui até mesmo o agressivo Horrorcore, mistura de Harcore Techno com barulhos tirados de filmes de Horror.
Techno, aliás, é o nome genérico para música eletronica. Como Dance Music era o nome que designava toda música eletronica nos anos 90. Mas aqui, vou desfazer esse equívoco.
A Eurodance dos anos 90, estilo bastante tocado em festinhas infantis e até nos churrascos de domingo com a família, era somente a vertente mais popular da época. Projetos obscuros como Snap, Technotronic e Alexia, eram nomes dados para algum vocalista desconhecido que "emprestava" sua voz para aquele projeto. O mesmo cantor ou cantora podia gravar faixas para diversos projetos.
Nos anos 2000 o gênero viveu altos e baixos. Foi um período dominado pelo hip hop e, no Brasil, pelo pop-rock. Generos que também curto bastante, mas não são o foco desse texto.
Só que na Europa, berço da música eletrônica, ela continuava produzindo hits para as pistas de dança.
Em 2007, o Psy Trance virou uma coqueluche. Na minha escola, a galera só dançava isso. Inventaram até o Psy Frevo aqui.
O Drum'n'Bass, surgido na Inglaterra, gerou o Drum'n'Bossa aqui no Brasil. Várias novelas da Globo tiveram canções do estilo em seus CDs internacionais ou complementares.
Mas a minha vertente favorita da música eletrônica é o Brostep, que por sua vez é derivado mais rápido do Dubstep, que foi inventado pelo DJ e ex-cantor de rock Skrillex. O cara é simplesmente fenomenal!
Para quem não está sacando ainda, tá ligado aqueles vídeos de Youtubers tipo Minecraft? Sempre na introdução do vídeo, toca uma musiquinha meio robótica e repetitiva, né? Isso é o Brostep. Os próprios carinhas que fazem o vídeo costumam montar suas faixas, ou seus "drops", em seus próprios PCs.
Mas o motivo desse texto eu vou dizer agora. Fiz um breve históricos da Eletro Music e algumas de suas vertentes (olha que só falei das mais comerciais!) para dizer o quanto esse tipo de som pode e É usado como instrumento revolucionário.
Por mais que hajam reacionários que curtam música eletronica, ela é um genero musical de esquerda. É como o samba. Tem uns idiotas que usam músicas desses estilos em videos pró-intervenção militar, o que é absurdamente ridículo.
Qual é o clima da balada? Paz e amor, como era Woodstock, só que em outro contexto, o das raves. Mas a liberdade de consumir drogas, de transar ou de ficar nu em público é a mesma. E isso é ótimo.
Eu nunca experimentei drogas. Mas sou a favor de quem quiser usar. Qual é o problema?
Mas aí você pode argumentar que nas baladas ocorrem muitas brigas. Mas essa não é a intenção. Quem sai para curtir a noite, quer celebrar a vida, beijar na boca e até arrumar uma paquera mais intensa. Casais já se conheceram na balada. Isso é errado?
A própria música é alegre, e as letras falam de amor, de dança, de alegria.
A maioria dos fãs e artistas de eletrônica são esquerdistas. Vejam, por exemplo, a cantora Dua Lipa e o músico de Trap Diplo. Eles se posicionaram contra Bolsonaro nas eleições passadas.
Essa é a minha opinião, e dificilmente alguém poderá discordar. A música eletronica é progressista. E deliciosamente genial.
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