sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Final de Justiça mostra que a injustiça ainda predomina no Brasil

Eu comecei a acompanhar Justiça, minissérie da Rede Globo de Televisão, apenas em sua última semana.

O programa era muito elogiado e eu tive curiosidade de ver.

Realmente, a minissérie é muito bem-feita, conta com um elenco de tirar o chapéu, muito bem-ambientada e tem ótima iluminação.

Hoje foi ao ar o último capítulo da "história" de sexta-feira. Cada dia da semana tinha uma história diferente. A de sexta-feira foi a que mais chamou minha atenção.

O que eu mais gostava era de ver a belíssima Drica Moraes, no alto dos seus 47 anos, encarnando uma mulher extremamente sensual (ela nem precisa fazer força para isso).

Tratava-se da esposa de um político corrupto, que havia matado, por acidente, a esposa do personagem de Cauã Reymond.

Anos mais tarde, Cauã cria um plano para vingar-se: começa a se envolver sexualmente com Vânia, a personagem de Drica, e ela, louca de amor por ele, aceita gravar um video revelando todas as falcatruas de seu marido.

Entretanto, num evento político, o video é exposto para todos os presentes, algo que nem Vânia nem o marido esperavam.

Então, o político vai até Vânia tirar satisfação com a esposa, que acaba, por susto, caindo da janela do hotel onde estava hospedada.

Dessa forma, Antenor - o tal político corrupto, vivido por Antônio Calloni - é acusado de homicídio e preso.

Entretanto, isso não dura muito tempo e logo ele é posto em liberdade.

Enquanto isso, Maurício (aka Cauã) sofre um atentado dos capangas de Antenor e vai parar no hospital. Ele não chega a morrer, mas tem que partir em busca de nova vida.

Mas a minha bronca maior foi pela morte de Vânia, que apesar de ter cometido um adultério, era uma das menos erradas nessa história.

Eu nem digo isso por ser gamado pela Drica, mas, ela não deveria pagar pelo erro do marido pra que depois o marido pagasse por um erro que não cometeu. E o pior: pagasse por pouco tempo, e logo depois disso sair livre de novo, se candidatando a governador e tudo.

Enfim: eu curti Justiça pela excelente forma como foi feita. Mas seu conteúdo, não foi nada justo para mim. E aposto que muito mais gente concorda comigo.

Justiça ainda era uma oportunidade de ver a super-graciosa Leandra Leal, uma atriz de altíssimo gabarito, além de ser uma mulher extremamente culta e classuda. Uma das minhas favoritas da nova geração.

Quanto à Drica, eu cheguei a escrever sobre ela no meu antigo blog, em 2010, quando ela estava doente. Eu fiquei muito triste e me juntei aos outros fãs na torcida para que ela se curasse da leucemia que a afetava. Felizmente ela está muito bem, firme e forte, nos brindando com seu talento, sua beleza, sua simpatia.

Uma pena que na ficção, ela não pôde dar a volta por cima, como na vida real.

Fica aqui minha solidariedade a essa grande mulher e guerreira.

E, apesar da minha indignação, talvez fosse mesmo a intenção da minissérie mostrar que a justiça muitas vezes não é feita no Brasil. Mas se for isso mesmo, ficou muito estranho esse título.

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